quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Homo Ludens - O Jogo como Elemento da Cultura


No livro Homo Ludens - O Jogo como Elemento da Cultura o escritor fala do jogo como elemento cultural e não apenas como um fenômeno fisiológico ou psicológico. Os jogos, as brincadeiras e a imaginação fazem parte da vida, desenvolvimento e crescimento da criança mesmo vivendo uma fantasia onde a realidade e o faz de conta se confundem. Neste capítulo percebemos também que significado de lúdico pode ser o auxílio no desenvolvimento do ser humano (e por que não dos animais irracionais) através de jogos, música e dança, ou seja, é a forma de aprender se divertindo.
O lúdico, dentre diversas denifições, também quer dizer desenvolver a criatividade, é educar, ensinar se divertindo e interagindo com demais crianças e adultos (socializando-se).

Leituras complementares:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551998000200007

http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/JOGO.HTM - VyGOTSKY, Leontiev, Luria.
O JOGO:

“O jogo (brincar e jogar são sinônimos em diversas línguas) é uma invenção do homem, um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente.
O jogo satisfaz necessidades das crianças, especialmente, a necessidade de ‘ação’. Para entender o avanço da criança no seu desenvolvimento, o professor deve conhecer quais as motivações, tendências e incentivos que a colocam em ação. Não sendo o jogo aspecto dominante da infância, ele deve ser entendido como ‘fator de desenvolvimento’ por estimular a criança no exercício do pensamento, que pode desvincular-se das situações reais e levá-la a agir independentemente do que ela vê.”...
...”Observa-se o desenvolvimento da criança no caráter dos seus jogos, que evoluem desde aqueles onde as regras encontram-se ocultas numa situação imaginária (como, por exemplo, quando crianças jogam de papai e mamãe, alas agem de acordo com as regras de comportamento de um pai e de uma mãe), até os jogos onde as regras são cada vez mais claras e precisas, e a situação imaginária é oculta.
Um jogo de duas equipes, por exemplo ‘queimada’, envolve uma situação imaginária de uma guerra onde uma equipe ‘extermina’ a outra com ‘tiruos’ de bola. O imaginário de ‘guerra’ vai sendo escondido pelas regras, cada vez mais complexas, às quais os jogadores devem prestar o máximo de atenção. Por esse motivo é conveniente promover junto ao aluno discussões sobre as situações de violência que o jogo cria e as suas conseqüentes regras para seu controle. Dessa forma, os alunos poderão perceber, por exemplo, que um jogo como a ‘queimada’ é discriminatório, uma vez que os mais fracos são eliminados (queimados) mais rapidamente, perdendo a chance de jogar. Isso não significa não jogar ‘queimada’, senão mudar suas regras para impedir a sobrepujança da competição sobre o lúdico.”
Referência bibliográfica:
Metodologia de ensino de educação física / coletivo de autoires. - São Paulo: Cortez, 1992 - págs. 65; 66
Nota:
Esta leituras complementares tambémm do significado do jogo como fonte de desenvolvimento da criança.