quarta-feira, 31 de março de 2010

Antropologia Cultural

A Antropologia geral é dividida em quatro áreas:

antropologia física (mais conhecida como antropologia biológica;
arqueologia:
linguística e;
antropologia cultural.

A antropologia cultural tem por objetivo o estudo do homem e das sociedades humanas na sua vertente cultural, pela representação, pela imagem ou pela palavra. A criação desta disciplica leva a reflexão das diferenças entre "cultura" e "natureza". Alguns antropólogos argumentam qua a cultura é a "natureza humana" e que todas as pessoas tem a capacidade de classificar experiências mas desde que a cultura é aprendida e que pessoas vivendo em diferentes lugares tem diferentes culturas. Em outras palavras a antropologia cultural leva a reflexão sobre o homem em relação às diferentes culturas inserido na sociedade.

sábado, 20 de março de 2010

Dimensão Conceitual, Procedimental e Atitudinal - por Suraya Darido

Dimensão Conceitual é a forma do professor promover ao aluno o conhecimento de si mesmo, suas possibilidades de movimento e limitações, bem como as características das atividades físicas, as formas de realizar o exercício ou a atividade, as regras dos jogos ou modalidades esportivas. Podemos associar ao saber fazer. O exemplo de saber fazer determinado exercício, sua objetividade, a postura a ser adotada, o tempo de uso, etc deve-se ter atenção do saber fazer para atingir um resultado melhor esperado.

Dimensão Procedimental estabelece o fazer como forma de desenvolvimento ou seja, como arremessar, saltar, correr, receber uma bola por exemplo, chutar, procurar melhoria do movimento, o desenvolvimento motor do aluno.

Dimensão Atitudinal refere-se ao conhecimento de si mesmo, transmitir ao aluno as formas de auto-conhecimento, de como esse aluno se formará socialmente através de práticas esportivas. Tem as atitudes como doutrina. Como a pessoa deve "ser", se comportar perante a sociedade.

As atividades aquáticas associadas ao processo de bem-estar e qualidade de vida (Em foco: bebês e crianças na idade infantil)


A utilização do meio aquático não constitui exclusividade dos tempos atuais, uma vez que o homem da pré-história já utilizava-se do ambiente aquático com muita frequência.

De acordo com Skinner; Thomson (1985), há relatos de que há cerca de cinco mil anos, na Índia, já existiam piscinas de água quente onde figuras assírias de baixo relevo mostravam estilos rudimentares de natação. Além disso, em 460-375 a.C. Hipócrates usava água no tratamento de doenças e os romanos utilizavam os banhos com finalidades recreacionais e curativas.

Hoje o interesse em relação às atividades na água aumentou entre estudiosos, professores e pesquisadores das diversas áreas de estudo, como exemplos a Educação Física e suas atividades físicas, a Fisioterapia e suas terapias aquáticas, entre outras, bem como elevados índices de procura e aceitação pela população em geral.

Benefícios das Atividades Aquáticas

O certo é que a água está em nosso corpo, na nossa vida e ocupa a maior parte de nosso planeta. Dentre outras inúmeras características do meio líquido, não menos importante seria sua relação com a Educação Física e a Fisioterapia, haja vista a vasta quantidade de atividades que podem ser realizadas em tal ambiente líquido. Para retratar melhor, perceba a existência da hidroginástica, do pólo aquático, da hidroterapia, da natação, entre outros.

As atividades aquáticas vêm evoluindo de maneira satisfatória de acordo com as exigências da sociedade e do próprio ser humano, sendo uma das modalidades esportivas mais praticadas em academias, clubes, haja vista a quantidade de pessoas que adoram se exercitar em meio líquido.
São inúmeros os benefícios das atividades aquáticas, em diferentes faixas-etárias e respeitando melhoria em diversos níveis:

No que concerne ao aspecto físico, a possibilidade de realizar movimentos sem causar impacto às articulações e tendões, estimulação de toda a musculatura e manutenção do tônus muscular, efeitos benéficos sobre o sistema respiratório e cardiovascular, recuperação de enfermidades, entre outros.

Em relação ao aspecto psicológico, tendência à elevação da auto-estima, alívio dos níveis de stress, maior disposição p/ enfrentar as atividades cotidianas, entre outros.
No que tange ao aspecto social, é perceptível como há novas possibilidades de favorecimento das relações interpessoais e conseqüente aumento dos laços de amizade, interesse em compartilhar experiências e ideais, entre outros.

Atividades Aquáticas para Grupos Especiais (Bebês)

É inegável não percebermos a devida importância das atividades aquáticas mesmo para determinados grupos especiais, tais como gestantes, bebês, portadores de necessidades especiais, terceira idade, asmáticos e pessoas que necessitam de reabilitação postural, os quais tendem a sofrer positivamente com os inúmeros benefícios que a prática física em meio líquido pode proporcionar.

Neste momento o grupo foca as atividades aquáticas para o desenvolvimento de bebês e nas fases da infância.

Uma das áreas da natação que mais se desenvolveu nos últimos anos foi as atividades aquáticas para bebês e pré-escolares. São inúmeras as vantagens que a natação pode oferecer nesta etapa:
- Melhora o desempenho neuromotor
- Fortifica a musculatura
- Aumenta a capacidade cardíaca
- Ativa e dá mais mobilidade às articulações
- Estimula o sono mais tranqüilo
- Reforça a apetite
- Desenvolve a estabilidade emocional e a autoconfiança
- Reforça a relação pais e filhos
- Proporciona a sociabilização

Atividades Aquáticas na escola

Mesmo em ambiente escolar parece que há uma tendência à inserção das atividades aquáticas como forma de viabilizar um processo educacional mais recorrente, com possibilidade de adquirir educação mediante a prática de atividades físicas em meio líquido.

Pensando no aluno como ser humano único e singular e como ele é olhado por pais e professores, surge a necessidade de atentar para os problemas pelos quais passam algumas instituições educacionais, sobre a ênfase dada ao método e à técnica absoluta para alcançar os objetivos da aula, em detrimento da adoção de condutas e estratégias que valorizam o indivíduo como um todo e facilitam a aprendizagem, como por exemplo, as dinâmicas lúdicas.

Para a criança o meio aquático é uma atividade pela qual ela descobre um novo mundo. O lúdico é a brincadeira no meio aquático instintivamente são usados para descobrir este mundo.
A infância serve para brincar e para imitar, não se pode imaginar a infância sem seus risos e brincadeiras, como cita (CHATEAU 1987).

O ensino da natação para crianças, de 8 a 10 anos, proporciona uma série de experiências psicomotoras para ajudar no seu desenvolvimento global. Segundo Le Boulch (1992), a atividade corporal global, em uma perspectiva de desenvolvimento nesse estágio, ocorre por que: “(...) traduz a expressão de uma necessidade fundamental de movimento, de investigação e de expressão que deve ser satisfeita”. Ajuriaguerra endossa o que Le Boulch pensa que o “corpo não é apenas um instrumento de ação e de construção, mas também o meio concreto e último de comunicação social”.

De acordo com Andries Jr., Wassal, Perreira (2002, pg.8), “nadar significa ação participativa na água..., é resolver de maneira objetiva um problema de movimentação pessoal num meio diferenciado”. O mais importante em uma aula de natação é como a criança vai praticá-la, transformando a água em um brinquedo, encontrando-se, por sua própria conta.

As atividades lúdicas e os jogos cooperativos têm o caráter de fixação de algum exercício proposto na aula, (descontraindo e mascarando o objetivo da brincadeira para que aprenda de maneira divertida e rápida) trazendo consigo o prazer de executar as atividades propostas. È brincando que a criança se desenvolve, exercendo suas potencialidades. (CORRÊA e MASSAUD, 2004).

E, independentemente da existência de conflitos internos, carências e potencialidades, o aluno é capaz de desenvolver-se e adaptar-se ao meio líquido de acordo com seus limites e ritmo próprio, rompendo barreiras e abrindo possibilidades de receber uma educação baseada na valorização do desenvolvimento global do ser humano, levando em consideração as estruturas física, emocional e intelectual da criança.

Portanto, no meio líquido, como um espaço educativo, é vital o papel do professor nesse processo, o qual deve acontecer de forma gradual e evolutiva, sem atropelar as expectativas da criança. Assim, tende-se a criar um espaço pedagógico e inclusivo, no sentido de facilitar aos alunos a vivência de experiências perceptivas e sensíveis, bem como um ensino-aprendizagem.

Referências bibliográficas e de Pesquisa

· NAHAS, M. V., KERBEJ, F. C. Natação: algo mais que 4 nados. São Paulo: Manole, 2002.
· SKINNER, A. T.; Thomson, A. M. Duffield: exercícios na água. 3. ed. São Paulo: Manole, 1985.
· http://www.efdeportes.com/efd103/atividades-aquaticas.htm - As atividades aquáticas associadas ao processo de bem-estar e qualidade de vida.
· http://www.artigonal.com/esportes-artigos/recreacao-aquatica-livre-ou-dirigida-1791812.html
Tivemos uma aula prática de atividades aquáticas que enfatizou um leve aquecimento, connhecimento de flutuação nos dois modos: decúbito ventral e decúbito dorsal, adaptação ao meio aquático, iniciação ao nado estilo peito, costas e livre. Trabalhamos também o lúdico no momento que em efetuamos algumas brincadeiras aquáticas como "foguetinho" que é a utilização da impulsão com os pés utilizando a flutuação até o momento soltar o ar dos pulmões e elevar à posição vertical, também brincamos de "carrinho de mão" um participante em pé segurando as pernas do outro que tenta atravessar a piscina nadando livre ou somente flutuando.

domingo, 14 de março de 2010

O que é Educação Física?


Após alguns estudos sobre “O que é Educação Física” e depois de muito debatermos sobre este assunto entendo que educação física é corpo, mente e movimento.

Com base nestas definições citamos algumas referências abaixo:

Podemos observar diferentes ângulos do que é ou pode ser a educação física indagando: O que é mais importante: A técnica ou a pessoa? Modelar ou formar? A disciplina ou a participação? Domesticar ou educar? (Oliveira. Vitor Marinho de, O que é Educação Física? 1995 pág. 10)

Educação do movimento, educação pelo movimento, educação do corpo, cultura do físico e esporte. Qualquer outra nomenclatura entrará no campo de atuação da educação física. a caracterísitca essencial da educação física é o movimento. Não há educação fisica sem o movimento humano, e isto a distingue das demais disciplinas. Os seus elementos são a ginástica, o jogo, o esporte e a dança. (Oliveira. Vitor Marinho de, O que é educação física? 1995 pág. 104)

Na época de Sócrates (século V a.c.) já se falava em escolas para desenvolver o raciocínio. É muito difícil - senão impossível - estabelecer limites entre a aprendizagem motora e o intelectual. Quando acontece a primeira geralmente está ocorrendoa segunda. (Oliveira. Vitor Marinho de, O que é educação física? 1995 pág. 91). Ou seja, a atividade motora apresenta também valores intelectuais.

Não é só a cabeça do aluno que tem que ser matriculada na escola, é também o seu corpo, isso estabelece um elo entre o movimento e o desenvolvimento mental da criança. (Freire. João Batista, Educação de Corpo Inteiro, 1997).

Após a discussão sobre estas definições o professor nos auxiliou a discutir sobre as abordagens da educação física pois não tem apenas uma única definição mas sim pontos de vistas e abordagens científicas que seguem abaixo:

Desenvolvimentista
Construtista
Critico Superador
Sistemica
Psicomotricidade
Saúde renovadora
jogos cooperativos
cultural
P.C.N.
Critico Emancipadora
Importante: a Educação física também se mnodificou devido ao:
  • Higienismo: relação da prática de ginástica com a higiene, tinha a influência da medicina por isso a idéia de que a Educação Física é Saúde.
  • Eugenismo (1830/40): baseada na alteração da raça, ou seja, o modelo de homem ideal era da raça branca, o europeu.
  • Militarismo (1940): Política do Pão e Circo (se você estivesse alimentado e confortável você tinha sua atenção desviada e assim não percebia a atuação do governo militar sobre os brasileiros dessa época que sofriam sobretudo com a falta de informação adequada.

Na transição do higienismo, eugenismo e militarismo aparece João Paulo Subirá Medina e cita a crise que precisa acontecer para revolucionar a educação física.


Estudo sobre o Lúdico relacionado ao Filme Filhos do Paraíso

Um de nossos estudos sobre o Lúdico associou o tema com o filme Filhos do Paraíso do diretor Majid Majidi onde o menino Ali de 9 anos de família humilde e que vive com seus pais e sua irmã, Zahra e um dia perde o único par de sapatos da irmã enquanto fazia compras para sua mãe que estava doente e come medo de tomar bronca de seus pais, começa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, enquanto um Azra retornada da escola Ali aguardava descalço para pegar o tênis, durante esta passagem do filme nota-se um jogo entre eles com regras (aguardar um ao outro e não contar para seus pais, espaço (ir e voltar da escola) eram livres para fazer isso portanto faziam isso durante o “tempo” que eles designaram, etc...


Além do filme Filhos do Paraíso utilizamos 2 vídeos amadores (de situações rotineiras) onde pudíamos visualizar o lúdico implícita e explicitamente.

Nesses vídeos podemos visualizar o lúdico implícito onde vemos representantes de uma igreja chamados de Odebe Edon cultuando Jesus Cristo através da música, representada pela bateria dessa comunidade onde vemos o lúdico na forma de transmitir uma mensagem onde as regras estão em ouvir e seguir o grupo, o espaço e tempo definidos na praia onde localizavam-se, para aquele grupo víamos que era livre e que era alegre pois dava-lhes prazer no que faziam.

No segundo vídeo vemos o lúdico na forma explícita onde crianças brincam no parque com uma bola de vôlei mas utilizam uma barra para exercício como rede de vôlei... há regras, espaço e tempo definidos, é livre, é prazeroso.



segunda-feira, 1 de março de 2010


História do xadrez
A origem do xadrez é certamente o maior mistério existente no mundo. Infelizmente os historiadores não conseguem chegar a um consenso sobre o lugar de onde se originara o xadrez. O documento mais antigo é provavelmente a pintura mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no Egito). Ao que parece, essa pintura, representa duas pessoas jogando xadrez e data de aproximadamente 3 000 anos antes da era cristã.
Hoje a teoria mais aceita é que ele se originou na Índia por volta do século VI d.C. Era conhecido como "o jogo do exército" ou "Chaturanga" e podia ser jogado com dois ou mais jogadores. Graças as viagens dos mercadores e dos comerciantes o jogo se espalhou para leste (China) e oeste (Pérsia). Mais adiante os árabes estudaram profundamente o jogo e se deram conta que ele estava bastante relacionado com a matemática, escreveram vários tratados sobre isto e aparentemente foram os primeiros a formalizar e escrever suas regras.
A primeira menção do xadrez está em um poema Persa em qual menciona que a vinda do jogo foi na Índia. O xadrez emigrou para a Pérsia (atual Irã) durante o reinado de Chosroe-I Annshiravan (531-579) e é descrito em um manuscrito persa daquele período. Este texto explica a terminologia, nomes e funções das peças com certo detalhe.
O xadrez também é mencionado na poesia épica de Firdousi (940-1021), Schanamekh - O livro dos reis, no qual ele menciona presentes que são dados por uma caravana do Rajah da Índia na corte do rei Persa Chosroe-I. Entre esses presentes, se encontrava um jogo que simulava uma batalha entre dois exércitos. Registros mostram que havia originalmente quatro tipos de peças usadas no xadrez. O Shatrang (sânscrito Hindú) significa "quatro" e anga significa "lados".
Na dinastia Sassanid (242-651 d.C.) um livro foi escrito no idioma Médio Persa Pahlavi chamado "Chatrang namakwor" (Um manual de xadrez). O shatrang (xadrez) representa o universo de acordo com o antigo misticismo Hindú. Os quatro lados representam os quatro elementos (fogo, ar, terra e água) e as quatro virtudes do homem. Embora os nomes das peças sejam diferentes em vários países hoje, seus movimentos são surpreendentemente parecidos. Na Pérsia, a palavra "Shatrang" se usou para nomear o mesmo xadrez.
Por volta do ano 651 d.C., com a conquista da Pérsia, os árabes adotam este jogo, valorizando-o e difundindo-o por todo o Norte da África, assim como por todos os reinos europeus dominados nos séculos seguintes, em particular para a Espanha (onde recebe, sucessivamente, os nome de: Acedrex, Axedres, Axedrez, Ajedrez), Portugal (Xadrez), a Sicília (Scachi Scacchi), a costa francesa do Mediterrâneo (Eschec, Eschecz, Eschecs, Échecs) e a Catalunha (Escacs, Eschacs, Scacs, Schacs, Eschacos, Schachos).
Os mais antigos manuscritos consagrados inteiramente ao xadrez, denominados Mansubas, aparecem em Bagdá, durante a Idade de Ouro Árabe. Não tendo em sua língua nem o som inicial nem o som final da palavra Chatrang, eles a modificam para Shatranj. Aproximadamente em 840, Al Adli, melhor jogador do seu tempo, publica um manuscrito Livro do xadrez (este original foi perdido).
No início do século IX o califa de Bagdá Haroun-al-Rachid (766-809) oferece a Carlos Magno (768-814) um jogo em mármore, hoje desaparecido. Conservam-se, no entanto, na Biblioteca Nacional de Paris, algumas peças denominadas Charlemagne.
Por volta do século IX o xadrez foi introduzido na Europa por duas vias distintas: segundo uns pela invasão muçulmana da Península Ibérica, e segundo outros, durante o confronto Ocidente-Oriente na Primeira Cruzada. No século XI já era amplamente conhecido no velho mundo.
Uma outra versão bastante aceita para a origem é de que ele tenha se originado na China em 204-203 a.C. por Han Xin, um líder militar, para dar às suas tropas algo para fazer no acampamento de inverno. Um jogo conhecido como "go" que tem um rio, um canhão, um cavalo, uma torre, um rei, um peão e um bispo, sendo que estas quatro últimas peças localizam-se na mesma posição do xadrez ocidental. As peças tem inscrições em caracteres chineses e são colocadas em "pontos". Há duas referências do xadrez na literatura antiga chinesa. A primeira foi de uma coleção de poemas conhecida como "Chu chi". O autor chamava-se Chii Yuan. A segunda é de um famoso livro de filosofia conhecido como "Shuo Yuan" que citava Chu Chi.
Mas existem vários tipos de xadrez: xadrez ocidental, xadrez chinês, xadrez japonês (shogi), xadrez coreano, xadrez burmês, xadrez cambojano, xadrez tailândes, xadrez malaio, xadrez indonésio, xadrez turco e possivelmente até xadrez etíope. Todos tem em comum certos aspectos como: o objetivo é dar xeque-mate ao rei, todos tem o rei no centro, uma torre no canto, um cavalo próximo a ela e peões em frente, e os movimentos dessas peças é idêntico ou quase idêntico ao do xadrez ocidental.
Falar afirmativamente sobre o xadrez ter se originado em tal época e em tal lugar de tal maneria pode ser uma coisa muita mais séria do que se imagina, pois existem muitas pessoas que defendem com todas as forças que a origem do xadrez foi na Índia, enquanto alguns outros afirmam com toda certeza que ele surgiu na China muito antes do que na Índia. Infelizmente não chegamos a um acordo sobre tudo isso, pois a origem do xadrez já foi atribuída até ao rei Arthur, ao rei Salomão, aos sábios mandarins contemporâneos de Confúcio, aos Egípcios e aos Gregos, no cerco à Tróia, para distrair os soldados. O correto é que tenha se originado de onde for o xadrez é um do jogos mais prestigiados do mundo, sendo tratado muitas vezes como arte ou ciência.
As regras e os movimentos das peças sofreram alterações ao longo do tempo, mas ultimamente as regras são as mesmas desde o século XV.
Na Idade Média, o "jogo dos reis" adquire, rapidamente, o status de passatempo favorito da sociedade aristocrática européia, sendo proibida a sua prática entre os pobres. Recomenda-se começar sua aprendizagem aos seis anos de idade. As mulheres nobres não hesitam em sentar-se em frente do tabuleiro, mostrando-se, inclusive, tão hábeis quanto os homens. Estes, só têm o direito de entrar em um aposento feminino com o objetivo explícito de jogar xadrez.
No século XIII as casas do tabuleiro passaram a ser dividas em duas cores para facilitar a visualização dos enxadristas. O duplo avanço do peão em sua primeira jogada surgiu em 1283, em um manuscrito europeu.
Mas uma das principais alterações aconteceu aproximadamente em 1485, na renascença italiana, surgindo o xadrez da “rainha enlouquecida”. Até esta época não existia ainda a peça rainha, e em seu lugar havia uma chamada Ferz, que era uma espécie de Ministro. Ele, que só podia deslocar-se uma casa por vez pelas diagonais, transformou-se em Dama (Rainha) ganhando o poder de mover-se para todas as direções.
A transformação de uma peça masculina em Rainha pode ser considerada como um indício da crescente valorização da mulher durante o período medieval, mas também como metáfora de uma sociedade dominada por um casal monárquico. Porém, para o psicanalista Isador Coriat é possível que esta metamorfose tenha sido motivada por uma tendência a identificar-se inconscientemente o xadrez com a estrutura do complexo de Édipo, o Rei simbolizando o pai e a Rainha a mãe.
Por volta de 1561 o padre espanhol Ruy Lopez de Segura, que foi o melhor jogador deste período, propôs a utilização do roque. Esta alteração será aceita na Inglaterra, França e Alemanha somente 70 anos depois. O movimento En Passant já era usado em 1560 por Ruy Lopez, embora não se conheça seu criador.
Em vinte anos as inovações espalham-se e as duas modalidades de xadrez coexistem por toda a Europa. A nova maneira de jogar imprime um maior dinamismo às partidas, devido à grande riqueza combinatória que ela proporciona, e o antigo xadrez é, rapidamente, relegado ao esquecimento.

REGRAS DO JOGO
Artigo 1: A natureza e os objetivos do jogo de xadrez
1.1 O jogo de xadrez é disputado entre dois adversários que movem alternadamente peças sobre um tabuleiro quadrado chamado "tabuleiro de xadrez". O jogador com as peças brancas inicia a partida. É dito que um jogador "tem o lance" quando o lance de seu adversário foi completado.
1.2 O objetivo dos jogadores é colocar o rei do adversário "sob ataque" de forma que o adversário não tenha lance legal que evitaria a "captura" do rei no lance seguinte. É dito que o jogador que consegue isso deu "xeque-mate" no adversário e ganhou a partida. O adversário que levou xeque-mate perdeu a partida.
1.3 Se a posição for tal que nenhum jogador pode dar xeque-mate, a partida está empatada.

Artigo 2: A posição inicial das peças no tabuleiro
2.1 0 tabuleiro de xadrez é composto de 64 casas iguais alternadamente claras (as casas "brancas") e escuras (as casas "pretas"). 0 tabuleiro de xadrez é colocado entre os jogadores de modo que a casa do canto à direita do jogador seja branca.
2.2 No começo da partida um jogador tem 16 peças de cor clara (as peças "brancas"); o outro tem 16 peças de cor escura, (as peças "pretas"):

Essas peças são as seguintes:
Um rei branco,
Uma dama branca,
Duas torres brancas,
Dois bispos brancos,
Dois cavalos brancos,
Oito peões brancos,
Um rei preto,
Uma dama preta,
Duas torres pretas,
Dois bispos pretos,
Dois cavalos pretos,
Oito peões pretos,

2.4 As oito séries verticais de casas são chamadas "colunas". As oito séries horizontais de casas são chamadas "fileiras". Uma linha reta de casas de mesma cor, que vai de um canto a outro, é chamada "diagonal".

Artigo 3: A movimentação das peças
3.1 Nenhuma peça pode ser movida a uma casa ocupada por uma peça da mesma cor. Se uma peça é movida para uma casa ocupada por uma peça do adversário esta última é capturada e removida do tabuleiro como etapa do mesmo lance. É dito que uma peça ataca uma casa se a peça pode fazer uma captura de acordo com 3.2 a 3.5.
3.2 a) A dama se movimenta a qualquer casa na coluna, fileira, ou diagonal em que está.
A torre se movimenta a qualquer casa na coluna ou fileira em que está.
O bispo se movimenta a qualquer casa na diagonal em que está.
Quando fazem esses lances, a dama, torre ou bispo não podem passar sobre quaisquer peças interpostas.
3.3 0 cavalo se movimenta a uma das casas mais próximas daquela em que está, mas não na mesma coluna, fileira ou diagonal. Ele não passa diretamente sobre nenhuma casa vizinha.
3.4 a) 0 peão se movimenta adiante à casa desocupada imediatamente em frente dele na mesma coluna, ou
b) no seu primeiro lance o peão pode avançar duas casas pela mesma coluna desde que ambas estejam desocupadas, ou
c) o peão se move para uma casa ocupada por uma peça do adversário que esteja diagonalmente à frente dele numa coluna vizinha, capturando esta peça.
d) Um peão atacando uma casa atravessada por um peão do adversário que tenha avançado duas casas num lance a partir da sua casa de origem, pode capturar esse peão do adversário como se este último tivesse avançado apenas uma casa. Essa captura só pode ser feita no lance seguinte a esse avanço e é chamada captura "en passant".
e) Quando um peão alcança a fileira mais distante de sua posição inicial deve ser substituído, como etapa do mesmo lance, por uma dama, uma torre, um bispo, ou um cavalo da mesma cor. A escolha do jogador não é restrita a peças que foram capturadas previamente. Essa troca de um peão por outra peça é chamada "promoção" e o efeito da nova peça é imediato.
3.5 a) 0 rei pode se movimentar de duas maneiras, seja:
1) movendo-se para qualquer casa adjacente que não esteja atacada por uma peça do adversário, ou
2) "rocando". Esse é um movimento do rei e de uma das torres da mesma cor na mesma fileira, contando como um único lance do rei e sendo executado da seguinte forma: o rei é transferido da sua casa original duas casas em direção à torre, e então essa torre é transferida por sobre o rei para a casa que o rei acabou de atravessar.

1) 0 roque é ilegal:
(a) se o rei já foi movido, ou
(h) com uma torre que já foi movida.
2) 0 roque não é permitido temporariamente:
(a) se a casa onde rei está, ou a casa que ele deve atravessar, ou a casa que ele vai ocupar, estiverem atacadas por uma ou mais peças do adversário.
(b) se houver alguma peça entre o rei e a torre com a qual o roque vai ser
feito.
a) É dito que o rei está "em xeque", se está sob o ataque de uma ou mais peças do adversário, mesmo se tais peças não puderem se mover. Declarar um xeque não é obrigatório. Um jogador não pode fazer um lance que coloque ou deixe seu próprio rei em xeque.

Artigo 4: A ação de movimentar as peças
4.1 Cada lance deve ser feito com uma só mão.
4.2 Desde que primeiramente expresse sua intenção (por exemplo, dizendo 'j'adoube"), o jogador que tem o lance pode arrumar uma ou mais peças em suas casas.
4.3 Exceto como prevê o Artigo 4.2, se o jogador que tem o lance toca deliberadamente sobre o tabuleiro:
a) uma ou mais peças da mesma cor, ele deve mover ou capturar a primeira peça tocada que possa ser movida ou capturada, ou
b) uma peça de cada cor, ele deve capturar a peça do adversário com sua peça ou, se isso for ilegal, mover ou capturar a primeira peça tocada que possa ser movida ou capturada. Se não estiver claro qual peça foi tocada primeiro, a peça do próprio jogador deve ser movida.
4.4 a) Se um jogador deliberadamente toca em seu rei e numa torre ele deve rocar naquele lado se for legal.
b) Se um jogador deliberadamente toca numa torre e então em seu rei, ele não pode rocar daquele lado e a situação será governada pelo Artigo 4.3.
c) Se um jogador com intenção de rocar toca em seu rei ou no rei e na torre ao mesmo tempo, mas o roque naquele lado é impossível, o jogador deve escolher entre rocar no outro lado, desde que seja legal, ou mover o rei. Se o rei não tiver lance legal o jogador é livre para fazer qualquer lance legal.
4.5 Se nenhuma das peças tocadas pode ser movida ou capturada o jogador pode fazer qualquer lance legal.
4.6 Se o adversário violar os Artigos 4.3 ou 4.4 o jogador não pode reclamar disso depois que ele mesmo deliberadamente tocar numa peça.
4.7 Quando, em um lance legal ou como parte de um lance legal, uma peça foi solta numa casa, ela não pode então ser movida para outra casa. 0 lance é considerado feito quando todos os requisitos do Artigo 3 foram preenchidos.

Artigo 5: A partida terminada
5.1 a) A partida é vencida pelo jogador que deu xeque-mate ao rei de seu adversário com um lance legal. Isso finaliza imediatamente a partida.
b) A partida é vencida pelo jogador cujo adversário declara que abandona. Isso finaliza imediatamente a partida.
5.2 A partida está empatada quando o jogador com o lance não tem nenhum lance legal e seu rei não está em xeque. Isso finaliza imediatamente a partida.
5.3 A partida está empatada mediante acordo entre os dois jogadores durante a partida. Isso finaliza imediatamente a partida.
5.4 A partida pode ser empatada se uma posição idêntica está prestes a aparecer ou apareceu no tabuleiro três vezes.
5.5 A partida pode ser empatada se os últimos 50 lances consecutivos foram feitos por ambos os jogadores sem o movimento de algum peão e sem a captura de alguma peça.

Referências:
http://xadrezsimoes.sites.uol.com.br/HISTORIADOXADREZ.htm
http://www.dcc.ufam.edu.br/~albertoc/cursos/psa/tp_xadrez/index.html
http://www.cbx.org.br/