quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Reflexão sobre uma cena do Filme Teachers de 1984

A cena do professor sofrendo uma chantagem emocional pela liderança da escola e depois seguindo para sua sala para retirar seus pertences pois havia sido obrigado a pedir demissão para não ser julgado como vilão de um estupro causado por outro professor. Após esta cena, a advogada e amiga adentram a sala e tentam convecê-lo a não pedir demissão. O professor, à princípio, se entrega a chantagem, seus alunos entram na sala tentando motivá-lo a não desistir, até mesmo o aluno problemático tenta convencê-lo a não chantagear-se. Ainda assim o professor não aceita ficar. Num ato desesperador a advogada tira a roupa no corredar da escola para chamar sua atenção, é quando ela consegue convencê-lo que não pode ser manipulado desta forma e que a ética do professor deve ser defendida a qualquer custo, e assim não aceita a chantagem imposta por seus líderes



Fonte:
http//:en.wikipedia.org/wiki/teatchers_(film)


Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo.
(trecho retirado do livro A pedagogia da Autonomia de Paulo Freire)


Reflexão:

A educação não pode ser considerada neutra, ela exerce o esforço do professor para 'desmascará-la'. O professor deve entender isso, pois a prática de educar exige uma definição por parte do professor, ou seja, uma tomada de decisão. Quem ensina aprende a ensinar, quem aprende ensina ao aprender. É importante que exista dentro de quem ensina, uma vontade de sempre aprender. Cada professor deve estar capacitado para exercer um cargo dinâmico e deve manter-se atualizado sempre.












domingo, 13 de junho de 2010

Avaliação 1º Semeste


Monumento dedicado ao piloto de F1 Ayrton Senna da Silva

A Prefeitura da Cidade de São Paulo, com o intuito de imortalizar a imagem de nosso grande campeão, erigiu em 1995 no Complexo Viário Ayrton Senna, no coração d o Ibirapuera, um monumento de 5,0m em bronze com a obra "Velocidade, Alma, Emoção" criada pela escultora Melinda Garcia.Esta peça foi desenvolvida tendo como base o carro de Fórmula I de Ayrton Senna, com a finalidade de cumprir uma homenagem ao ídolo em três objetivos:
"VELOCIDADE" - imortalizar sua passagem meteórica;
"ALMA" - apreender de forma subentendida, porém substancial, sua presença anímica e carismática;
"EMOÇÃO" - aqui representada pela bandeira, simbolizando a entusiasmada vibração que sacudiu a todos nós brasileiros, criando uma união não só nacional, mas universal.
Procurei trazer esta obra para relacionar temáticas estudadas durante o semestre pois acredito que pode-se perceber muito sobre corpolatria.
De acordo com Newton Bittencourt dos Santos (Prof. de Educação Física e especialista em Medicina e Ciências do Esporte pela UFRGS - Porto Alegre. Filiado à IAAF (Federação Internacional de Atletismo Amador), "a maior exigência sobre um piloto de fórmula-1 vai ser o desgaste psicológico, que por sua vez vai exigir do sistema cardiovascular uma sobrecarga muito grande. A tensão e estresse a que se submete, nessas circunstâncias, faz com que sua freqüência cardíaca alcance limites próximos do seu batimento máximo".
"Isto, por si só, vai exigir um condicionamento físico considerável. A eficiência cardiovascular está diretamente relacionada com o desempenho e o fator segurança de vida do próprio piloto, e vai depender do grau da aptidão física em que ele se encontrar".
"Todo esse trabalho físico vai exigir uma preparação física impecável e ainda, um trabalho de relaxamento e mentalização para fortalecer sua concentração e desempenho global".(http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/automobilismo.php , acesso 13/06/2010)
Uma psicologia comportamental do esporte não deve ser entendida diferentemente da própria psicologia científica, que tem por objetivo a compreensão., predição e controle do comportamento. Sendo assim, o entendimento das variáveis que explicam o comportamento esportivo tanto individual quanto coletivo deve ser feito pela análise do contexto ambiental na qual o(s) indivíduo(os) fazem parte. O controle de tal comportamento se dá pela manipulação de variáveis independentes que podem ser controladas apud Skinner, Frederic Burrhus, 1953. (Rúbio, Kátia, pág. 21)

Quando relacionamos o corpo humano às várias atividades corporais e esportivas além da questão psicológica e mental devemos enfatizar as questões físicas e culturais do indivíduo.
A história dos exercícios físicos, segundo nossa compreensão, é escola de cultura e de educação. De maneira atraente e impregnada de beleza, ensina-nos a conhecer a humanidade, por meio de acontecimentos, coisas e pessoas, entrosando-se nos diferentes aspectos políticos, sociais e militares da história da civilização, onde ocupa lugar definido e sugestivo. O conhecimento do passado é chave para compreensão do presente e do futuro.

Dentro da acadêmica divisão da história, acompanhando a marcha ascensional do homem, documentada sobretudo no mundo ocidental, somos obrigados a afirmar que a prática dos exercícios físicos vem da pré-história, afirma-se na antiguidade, estaciona na idade-média, fundamenta-se na idade-moderna e sintetiza-se nos primórdios da idade contemporânea. Torna-se mais desportiva e universaliza seus conceitos dos nossos dias e dirige-se para o futuro, plena de ecletismo, moldada pelas novas condições de vida e ambiente. (Ramos, Jayr Jordão, pág. 15)
Ayrton Senna preocupava-se muito com a questão cultural dele e da sociedade brasileira como um todo, foi pensando dessa forma que procurou também contruibuir com a sociedade através de projeto social criado por sua irmã Viviane Senna, o Instituto Ayrton Senna. Enfatizava também a questão da diversidade cultural, a inclusão de pessoas menos favorecidas.
O conhecimento antropológico da nossa cultura passa, inevitavelmente, pelo conhecimento das outras culturas, reconhecendo que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única. Entretanto, esse conhecimento não se dá objetivando a comparação com a nossa para percebermos quão diferentes elas são. Esse conhecimento é realizado a fim de se compreender o sentido de determinada manifestação cultural numa dada sociedade e, a partir daí, relacionar com certos aspectos da nossa própria sociedade. Porque, apesar das diferenças entre as várias sociedades, existem semelhanças entre os seres humanos, das quais a mais interessante é a capacidade de se diferenciarem uns dos outros, de se expressarem das mais variadas formas, sem perderem a condição de serem humanos. O antropólogo, a partir de observações em outras sociedades, vai notando certas diferenças em relação à sua própria sociedade. Esse estranhamento em relação a determinados hábitos e comportamentos o faz olhar criticamente para características até então tidas como naturais em sua sociedade. É justamente essa variabilidade cultural que torna a humanidade plural e faz com que os homens, apesar de pertencerem todos à mesma espécie, se expressem por meio de especificidades culturais. Apud François Laplantine, 1988. (Daólio, Jocimar, pág. 24)
O que diferencia fundamentalmente os seres humanos dos outros seres vivos conhecidos são as possibilidades de suas consciências. A consciência do homem pode ser entendida como o estado pelo qual o corpo percebe a própria existência e tudo o mais que existe. Aceitar este conceito é concordar com o filósofo Maurice Merleau-Ponty, quando diz que a consciência é percepção e a percepção é consciência. Essa colocação parece-me básica no desenvolvimento de certos pontos de vista que defenderei neste ensaio. A partir daí podemos trabalhar mais desimpedidos a idéia de que a consciência é um fenômeno que se aproxima muito mais do corpo orgânico completo que das abstrações – como considerações isoladas – de espírito, mente ou alma. Na verdade, qualquer aspecto do homem é manifestado, e assim precisa ser entendido, por meio da unidade de seu corpo, se é que pretendemos dar a ele uma dimensão humana.

Em suma, a consciência só pode ser interpretada como uma manifestação mental na medida em que esta, em última análise, seja entendida como uma manifestação somática. Dessa forma, poderíamos dizer que a consciência está gravada no corpo. (Medina, João Paulo Subirá, pág. 23)
Ayrton Senna sabia da importância da cultura para as crianças e adolescentes, uma forma de gerar maior conhecimento e crescimento para o Brasil como nação. Em diversas reportagens sobre este esportista brasileiro ouvia-se a necessidade de incluir os jovens socialmente.
Pensar uma proposta sobre a disciplina pedagógica Educação Física, visando sua inserção no Projeto Reorganização da Trajetória Escolar no Ensino Fundamental, requer que a percebamos, por um lado, como um componente curricular responsável pela apreensão (no sentido da constatação, demonstração, compreensão e explicação) de uma dimensão da realidade social, na qual o aluno está inserido, que denominamos cultura corporal, parte da cultura do homem e da mulher brasileiros. O desenvolver de tal capacidade de apreensão tem, por sua vez, a finalidade de vir a proporcionar a intervenção autônoma, crítica e criativa do aluno nessa dimensão de sua realidade social, de modo a modificá-la, tornando-a qualitativamente distinta daquela existente.

Trocando em miúdos, o que queremos dizer é o seguinte: integrante da cultura do homem e da mulher brasileiros, a cultura corporal constitui-se como uma totalidade formada pela interação de distintas práticas sociais, tais como a dança, o jogo, a ginástica, o esporte que, por sua vez, materializam-se, ganham forma, através das práticas corporais. Enquanto práticas sociais, refletem a atividade produtiva humana de buscar respostas às suas necessidades. Compete, assim, à Educação Física, dar tratamento pedagógico aos temas da cultura corporal, reconhecendo-os como dotados de significado e sentido porquanto construídos historicamente. (Filho, Lino Castellani., págs 53 e 54)

O lema de Ayrton Senna desde que ingressou na Fórmula 1 sempre foi: "Vencer ou vencer". Senna dizia: "A vitória é o único prêmio de um piloto. É a motivação real e justificável para arriscar a vida em situações tão absurdas. Sem ela, não valeria o risco, por dinheiro nenhum, por nada neste mundo". E completava: "Ser piloto é uma questão de cromossomos: ou se nasce com esta predisposição, ou não. Se você tem as bases, pode desenvolvê-las, mas, quanto mais frio e racional, mais você precisa ter dentro de si a paixão pela corrida".
No esforço para compreender o esporte nas diversas épocas, o autor sustenta-se e procurar argumentar a partir de dados etnográficos, os quais interpreta, vinculando-os tanto a aspectos estruturais da realidade social, de cada momento histórico quanto aos conceitos desenvolvidos a priori acerca de brinquedo, jogo, competição e esporte. Dessa forma, numa síntese conclusiva, Guttman apresenta um quadro em que compara os diversos esportes analisados, diferenciando-os pela presença ou das características estabelecidas. Especificamente sobre o esporte moderno, considera-o um reflexo da Revolução Industrial e do movimento da Reforma Protestante, transformações sociais que seriam responsáveis pelo surgimento da racionalidade do esporte em detrimento da espontaneidade do jogo. (Stigger, Marco Paulo, págs 57 e 58)
Por outro lado, Huizinga comenta: “Como a realidade do jogo ultrapassa a esfera da vida humana, é impossível que tenha seu fundamento em qualquer elemento racional, pois nesse caso, limitar-se-ia à humanidade. A existência do jogo não está ligada a qualquer grau determinado de civilização, ou qualquer concepção do universo”. (Huizinga, 2007).

Bibliografia:
Psicologia do Esporte – Teoria e Prática. Rúbio, Kátia. Casa do Psicólogo Editora, São Paulo, 2003, 237 págs.
Da cultura do corpo. Daólio, Jocimar. Editora Papirus. Campinas, 1995, 12ª Edição, 81 Págs.
Medina, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo e “mente”. Editora Papirus, Campinas, 2007, 23ª Edição, 53 págs.
Filho, Lino Castellani. Política Educacional e Educação Física. Editora Editores Associados, Campinas, 2002, 2ª Edição, 56 págs.
Stigger, Marco Paulo. Educação Física, Esporte e Diversidade. Autores Associados Editora, Campinas, 2005, 125 págs.
Huizinga, Johan. Homo ludens - O jogo como elemento da cultura. Editora Perspectiva S.A, São Paulo, 2007, 5° Edição, pág. 6.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A prática do Judô diferenciado


A compreensão do corpo tem avanços significativos ocorridos acerca da compreensão da totalidade (Corpo, mente, espírito), Cada sintoma sendo do corpo da mente ou do espírito nos transmite uma mensagem particular que precisamos perceber e reconhecer, fazendo uso disso em nosso cotidiano, na busca de novas linguagens e conceitos. E a esta capacidade de cada pessoa sentir e apossar-se do seu próprio corpo como meio de manifestação e interação com o mundo que observamos a vivencia do Judô com os olhos vendados em um ambiente externo.

O movimento é biológico, é fisiológico, é antropológico, o que é o movimento?

A Física clássica define-o como o “deslocamento de um copo no espaço”. Para a biologia o movimento é resultado da atividade de trilhões de células que compõem os organismos vivos, sobre os quais sobressai o homem. A filosofia define o movimento como a busca da superação ou da plenitude do “ser” humano. Movimento, sentimento, como separá-los?

Eu sinto com a minha mente, movimento-me com o meu corpo, movimento-me com a minha mente e sinto com o meu corpo, assim não é possível separar essas estruturas e esses processos. Não posso falar do meu corpo para o meu corpo sem ser o meu corpo.

As pessoas utilizam o corpo na Idea de corpolatria, ou seja, tem o objetivo da sexualidade. Os antropólogos Stephane Malysse e David Le Breton levantaram num estudo sobre a antropologia do corpo que “... as mulhres frutas e os homens troncos se encaixam perfeitamente nesse cenário antropológicos, sendo divididos na cintura, pois a parte superior representa a parte masculina, a força, a virilidade e a parte inferior a feminilidade, a reprodução e suas formas sexuais acentuadas... Nos dois casos, a questão central é a sexualidade, a sedução e a competitividade no mercado social. (Malysse, Stephane; Le Breton, David. Corpolatria. Revista Tripp. São Paulo. Edição Dez. 2009. Pág. 110)

Em cima desta afirmação entendemos que o deficiente visual não tem a concepção de corpolatria porém pratica atividades esportivas visando qualidade de vida. O deficiente visual não visa o corpo belo.

Vivência

Utilizando a prática do judô diferenciado como vivência, observamos diversas sensações como medo, perca da noção do espaço, ampliação do sentido da audição, desconforto, exposição ao ambiente externo, entre outras.

Analisa o corpo como forma de experiência ou como modo de ser vivido, mas que tem um caráter específico ao lado de outros experiência ou modos de ser. Um exemplo desta tendência encontra-se na fenomenologia de Husserl. Também Sartre inclui-se nesta vertente. Mas foi indubitavelmente Merleau-Ponty que avançou mais nesta interpretação. “Quer se trate do corpo de outrem, ou quer se trate do meu não tenho outro modo de conhecer o corpo humano se não o de vivê-lo, isto é de assumir por minha conta o drama que me atravessa, e confundir-me com ele”. (Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs. 51 e 52)

Este drama sentido foi justamente por uma situação nunca vivida, num ambiente diferente e com os olhos vendados.

“O trabalho com os temas transversais precisa ser pautado numa perspectiva interdisciplinar, e por isso, não adianta fazer com eles o que muitos tentaram: transformá-lo em disciplina. Sua principal característica é estabelecer relação entre matérias, entre a teoria e a prática, entre a pessoas e a sua produção de conhecimento, entre os conhecimentos sistematizados e os extracurriculares, entre o fato social e o saber sistematizado”. Barbosa, Laura Monte Serrat. Temas Transversais – como utilizá-los na prática educativa?. Editora IBPEX. Curitiba. 2007. Pág. 11)

Bibliografia:

Moreira e Moraes. Pensando a Educação Motora. Editora Papirus. Campinas. 4ª. Edição. Pág.. 193

Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs 51 e 52

Malysse, Stephane; Le Breton, David. Corpolatria. Revista Tripp. São Paulo. Edição Dez. 2009. Pág. 110
Barbosa, Laura Monte Serrat. Temas Transversais – como utilizá-los na prática educativa?. Editora IBPEX. Curitiba. 2007. Pág. 11

LAZER

A opção do Lazer é subjetivo, de acordo com o interesse, cultura e sociedade.

Muitos utilizam o lazer das formas mais variadas possíveis, jogando, brincando, conversando e porque não trabalhando.

Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias)

Pensar o lazer apenas em relação com a atitude que o indivíduo tem com a atividade dificultaria também a sua compreensão. Se, desta forma, o tempo não fosse considerada, toda e qualquer atividade inclusive o trabalho, poderia ser compreendido como lazer desde que fosse prazeroso para o indivíduo. Pensando assim correr-se ia o risco de ingressar num excessivo relativismo ou num exagerado subjetivismo, já que, em ambas as situações – dependendo do contexto cultural e do interesse individual -, todo tipo de atividade poderia ser considerada lazer, assim como nada poderia ser identificada como lazer. Stigger, Marco Paulo. Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. Editora Autores Associados, Campinas, 2002 pág 235

Para a prática do lazer o indivíduo necessita, é claro, de tempo e espaço disponíveis.

Apesar da polêmica sobre o conceito, a tendência que se verifica entre os estudiosos do lazer e no sentido de considerá-lo tendo em vista os dois aspectos - tempo e atitude. Portanto, como uma atividade de escolha individual praticada no tempo disponível e que proporcione determinados efeitos, como o descanso físico ou mental, o divertimento e o desenvolvimento da personalidade e da sociabilidade. Marcellino, Nelson Carvalho. Lazer e educação. Editora Papirus, Campinas, 2003, pág. 31

Prática do Skate como lazer e também como forma de aprendizagem nas escolas

Uma prática esportiva não menos prazerosa e intitulada por muitos como forma de lazer é a prática do skate. Vale lembrar a importância que este esporte tem no conceito de aprendizagem, alguns autores enfatizam que é possível sim aproveitar esta prática para o aprendizado em escolas.

Se antes o skate era considerado, como apontaram os próprios skatistas, uma atividade marginalizada, associada à bandidagem e à vida na “rua”, hoje podemos constatá-lo como uma modalidade inserida no discurso pela qualidade de vida da população. Uvinha, Ricardo Ricci, pág. 95

O estudo contribui, desse modo, para a minha formação como professor de Educação Física, permitindo-me descobrir novas possibilidades dentro da minha área de atuação. Trabalhei com a Educação Física para adolescentes em escolas, academias e clubespor mais de oito anos, hoje posso perceber ser fundamental considerarmos a ‘cultura corporal’ do aluno jovem – o que ele traz de experiência das ruas, do quintal da sua casa, das pistas de skate – para elaborarmos um trabalho educativo e motivante para esse público-alvo. Uvinha, Ricardo Ricci, pág. 95

Uvinha, Ricardo Ricci. Juventude, Lazer e Esportes Radicais. Editora Manole. São Paulo. 2001, pág. 95


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Filme: "Escritores da Liberdade



Escritores da Liberdade

O filme começa relacionando as diferentes etnias que ocupavam a cidade de Los Angeles. As pessoas lutavam por seus direitos civis mas as diferenças raciais causavam atritos, as chamadas guerras entre gangues.
Em determinada situação vemos a dificuldade de adaptação de uma jovem professora (Sra. Gruwell) numa escola onde os alunos tem dificuldade de relacionamento entre si e com os professores.
A escola mostra diferentes tribos que não se respeitam, cada uma dessas tribos tem seus conceitos e ideologias e as defendem muitas vezes com violência. Até que um dia acontece uma briga generalizada entre várias tribos aparentemente sem motivo algum mas o que é percebido é que as tribos não se respeitam.
O pai da jovem professora questiona o trabalho da filha junto aos chamados “delinquentes”/alunos, e acredita que tamanho desgaste não vale à pena, no princípio seu marido apoia e confia na jovem professora mas continua numa zona de conforme pois não tem interesse em voltar a estudar.
A todo momento vemos a discriminação entre as raças, os alunos de diferentes tribos não ficam sem causar confusões e brigas, até que um garoto asiático acaba morrendo.
Aa professora tenta, por diversas vezes, promover a cultura com seus argumentos. Alguns alunos questionam uma provável soberania ariana/branca e começam a debater suas crenças e raízes para a professora. Neste momento começa-se a discutir as relações humanas.
A própria diretora da escola não acredita em seus alunos, espera apenas que tenham disciplina, mas não acredita na educação ou como fazer para educá-los.
A professora Gruwell quer estabelecer uma forma de ensino diferenciada mas não vê apoio na direção ou até mesmo de outros professores, ela quer quebrar velhos paradigmas.
Alguns alunos começam a pelo menos aceitar algumas propostas estipuladas pela professora. Quando a professora sugere que os alunos escrevam diários, qual não foi sua surpresa, quando muitos, se não todos os diários, estavam preenchidos para que ela pudesse ler. Todas as histórias foram relatadas, todas as histórias falavam de tragédias e assassinatos que ocorreram na vida de cada um daqueles alunos.
A professora não tem recursos da escola nem apoio, a professora começa a levantar recursos próprios para compra de livros novos. Ela não quer seguir o sistema e considera-o falho, quer transgredi-lo. Sugere para uma autoridade do Conselho que quer levar seus alunos para fora da escola, levá-los para novas vivências. Ela consegue a permissão do Conselho.
Ela consegue levá-los para um museu que retrata o Holocausto, muitos alunos se surpreendem com esta vivência, começam a perceber suas experiências de outra forma, com outros olhos. A professora consegue trazer pessoas que viveram o Holocausto para replicar suas vivências, muitas sensações foram sentidas pelos alunos, começam a dar credibilidade para a professora, começam a mudar suas atitudes para melhor, começam a passar por processo de educação. Os alunos começam a socializar-se, naturalmente.
Os alunos começam a transformar-se a partir de novas vivências, começam a mudar suas atitudes, começam a valorizar a vida, a amizade, a enxergar um futuro digno, rejeitando a maldade. Os alunos começam a questionar o sistema, a ter opinião formada.
A professora sofre com a desconfiança dos chefes da escola, do pai e até mesmo do marido neste momento. Não era uma situação fácil para a professora, tinha que ter flexibilidade e criatividade para converter/melhorar/administrar tal situação.
Os alunos começam a evoluir de tal maneira que criam até um projeto para conhecer a escritora do Livro “O Diário de Anne Frank”. Começam a promover shows para angariar fundos. Neste momento há uma completa mudança de perspectivas, de atitude.
Conseguiram trazer a escritora. Sucesso para aqueles alunos. Conseguiram entender com aquela vivência muitos mais sobre os seres humanos, sobre relacionamentos, sobre perspectivas, boas perspectivas.
A professoras Gruwell começa a sofrer na vida conjugal porque seu marido não concorda com a dedicação da esposa para com os alunos, ele sente orgulho do trabalho dela, mas não consegue conviver com as ausências da esposa.
A professora sente falta de um aluno durante uma aula onde os demais alunos exigem continuar tendo aulas com a professora Gruwell e sugerem lutar pelos seus interesses junto ao Conselho da escola. No mesmo momento em que o pai da professora começa a acreditar no trabalho da filha.
Neste momento o assunto é levado ao Conselho que decidiu por não aceitar que a turma continuasse com a professora, neste momento a professora explica aos alunos que eles precisam seguir em frente, dar o próximo passo.
A professora consegue apoio externo de um escritor para um novo projeto, utilizar todos os diários para criação de um livro, como “O Diário de Anne Frank”.
Após este projeto ter sucesso o Conselho concede que os alunos continuem com a professora Gruwell para os próximos anos de estudos.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

DANÇA

A dança é uma forma de expressão cultural/regional. ´Não necessariamente existe um mesmo movimento para excutar a dança (devemos quebrar paradigmas para executar a dança, novas formas de expressão), existem novas maneiras de expressão dependendo da variação de música, ritmo, coreografia. É possível utilizar a dança até mesmo sem a música, através de vibrações e até mesmo sem vibrações.

A dança exige adaptação de espaço para sua execução. Através da dança também é possível exercitar o corpo.

Fatores psicológicos podem influenciar as reações do corpo, a própria falta de ritual para a execução da dança pode gerar influência negativa.

“Minha experiência com a dança fez-me perceber que tradicionalmente dançarinos, coreógrafos e diretores tem dificuldade em manter uma distância em relação a seus corpos físicos: fomos ensinados a estar sempre, de uma maneira ou de outra, atrelados, conectados e inseparáveis deles. Muitas vezes, a demasiada importância que se dá ao corpo físico na dança faz com que se desconsidere o processo intelectual para o seu aprendizado”. (Marques, pág. 108)

“Existe, nesta linha de pensamento, uma relação quase que a priori entre o corpo, a dança e a criança, também considerada esponânea, pura e livre em sua ‘essência’. Os desdobramentos pedagógicos desta concepção de corpo e dança fundaram, em um período posterior à morte de Duncan, a ‘dança criativa’, a ‘dança educativa’, no Brasil, a ‘expressão corporal’, entre muitas outras nomenclaturas. Essas propostas educacionais baseavam-se na crença de que a educação não poderia ‘invadir’ a criança e sim deveria possibilitar o desenvolvimento ‘natural’ do ‘artista que esta dentro de cada um’ (Soucy, 1991). Em outras palavras, o processo educativo não poderia ‘destruir’ a nossa criança ‘interior’. O processo, assim, torna-se bem mais importante que o produto”. (Marques, pág. 113)

“Mesmo assim, penso que nossos processos educacionais devem trabalhar mais enfaticamente as redes de relações que incluem a interseção das realidades vividas, percebidas e imaginadas pelos alunos e suas conexões com o corpo na dança (Marques, 1999). Somente assim teremos condições de traçar uma rede de relações que pertence ao tempo real de nossos alunos: a sociedade contemporânea/pós-moderna”. (Marques, pág. 121).

Marques, Isabel Azevedo. DANÇANDO NA ESCOLA. CORTEZ Editora. São Paulo. 2003. 206 págs.


“Por que ensinar dança na escola?”

“Passeando por esta primeira questão, foi possível destacar nos discursos dos alunos formados na Dança, Educação Artística e Educação Física diferentes sentidos e motivos que justificam a importância e a viabilização do ensino de Dança na escola, apontando as seguintes categorias:

1. Propiciar o autoconhecimento;
2. Estimular vivências da corporeidade na escola;
3. Proporcionar as educandos relacionamentos estéticos com as demais pessoas e com o mundo;
4. Incentivar a expressividade dos indivíduos;
5. Possibilitar a comunicação não verbal e os diálogos corporais na escola;
6. Sensibilizar as pessoas, contribuindo para que elas tenham uma educação estética, promovendo relações mais equilibradas e harmoniosas diante do mundo, desenvolvendo a apreciação a fruição da dança.”

BARRETO, Débora. DANÇA...: ENSINO, SENTIDO E POSSIBILIDADES NA ESCOLA. Autores Associados. São Paulo. 2008. 3ª Edição. 178 págs.)


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vivência de Atletismo

Numa aula de vivência de Atletismo vimos:

A diferença entre um lançamento e um arremesso, a mecânica de cada movimento;
Caminhada, marcha atlética e trote;
Os fundamentos do Salto em altura e Salto em distância.

Para melhor explicar alguns fundamentos destas modalidades acompanharemos alguns vídeos.

Lembrando que algumas modalidades estudadas são individuais outras coletivas (por equipe)




segunda-feira, 26 de abril de 2010

Jogos Cooperativos



Jogos Cooperativos são jogos onde a competição entre os participantes é descartada. Nesta modalidade de jogos o importante é a cooperação, ou seja, não se joga contra o outro e sim com o outro estimulando a comunicação e a criatividade para superar os desafios propostos.

As atividades que privilegiam os aspectos cooperativos são importantes por que contribuem para o desenvolvimento do ser humano, pois trabalham respeito, fraternidade e solidariedade de forma lúdica e altamente compensatória, levando a perceber a interdependência entre todas as pessoas.

Nos jogos cooperativos ninguém perde ninguém fica isolado ou sente-se rejeitado porque falhou. Quando há cooperação todos ganham, não há desclassificação.

É interessante nos jogos cooperativos aproveitarmos para mudar as regras e tornar o jogo mais dinâmico e menos repetitivo. Esta ação ajuda a manter o grupo interessado no jogo.

Passei por uma vivência sobre jogos cooperativos onde pude praticar alguns destes jogos e assimilar algumas ações para a melhor prática de alguns destes jogos.

De acordo com Fábio Brotto: "Podemos vivenciar os Jogos Cooperativos como uma prática re-educativa, capaz de transformar nosso Condicionamento Competitivo em Alternativas Cooperativas para realizar desafios, solucionar problemas e harmonizar os conflitos”. Fábio Brotto afirma: “Se o importante é competir, o fundamental é cooperar”.

Para o Prof. João Batista Freire "Um dos fundamentos mais importantes do jogo de equipe é o passe, que necessita de extrema Cooperação. O time que tem mais Cooperação é o que superará o desempenho do adversário. O maior desafio de treinadores de times coletivos é ensinar a passar. Por isso em todo jogo competitivo vamos encontrar Cooperação. É mais fácil encontrar Cooperação em jogos competitivos do que a competição em Jogos Cooperativos”.

Segundo Terry Orlick, professora da Universidade de Ottawa no Canadá, "a diferença principal entre Jogos Cooperativos e competitivos é que nos Jogos cooperativos todo mundo coopera e todos ganham, pois tais jogos eliminam o medo e o sentimento de fracasso. Eles também reforçam a confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor".

Alguns jogos cooperativos:

AMIGOS DE JÓ - Edição 1 de Agosto de 2001 da Revista Jogos Cooperativos, pág. 12
criado por Patrícia Maria Pedotee Kátia M. Alves Barata (para o I Festival de Jogos Cooperativos - 1999)

Objetivo do Jogo:

Cantando a música "Amigos de Jó", todo o grupo tem que deslocar-se na cadência e realizar os movimentos propostos formando uma espécie de balé brincalhão.

Propósito:
O propósito é fazer do jogo-dança um momento de união do grupo e proporcionar um espaço de adequação do ritmo grupal. Podem ser trabalhados Valores Humanos como:
Alegria e Entusiasmo pela brincadeira do grupo (diversão entre erros e acertos);
Harmonia na busca do ritmo grupal;
Parceria e Respeito para caminhar juntocom o outro.

Recursos:
espaço físico mínimo de 35 m2
círculos no chão (bambolês, círculos desenhados de giz ou barbantes) em número igual ao de participantes dispostos em um grande círculo.

Número de Participantes:
Pode ser jogado com um mínimo de 16 pessoas até quantos o espaço permitir.

Duração:
Grupos pequenos jogam em cerca de 15 minutos; grupos maiores precisam de mais tempo para administrar a adequação rítmica.

Descrição:
Cada participante ocupa um bambolê ou círculo desenhado no chão.

A música tradicional dos "Escravos de Jó" é cantada com algumas modificações:

"aMigos de Jó joGavam caxanGá. Tira, Põe,Deixa Ficar, fesTeiros com fesTeirosfazem Zigue, Zigue, Zá (2x)"

O grupo vai fazendo uma coreografia ao mesmo tempo em que canta a música. A cadência das passadas é marcada pelas letras maiúsculas na música.
"aMigos de Jó joGavam caxanGá." : são 4 passos simples em que cada um vai pulando nos círculos que estão à sua frente.
"Tira": pula-se para o lado de fora do círculo
" Põe": volta-se para o círculo
"Deixa Ficar": permanece no círculo, agitando os braços erguidos "fesTeiros com fesTeiros": 2 passos para frente nos círculos "fazem Zigue, Zigue, Zá" : começando com o primeiro passo à frente, o segundo voltando e o terceiro novamente para frente.

Quando o grupo já estiver sincronizando o seu ritmo, o(a) focalizador(a) pode propor que os participantes joguem em pares. Neste caso, o número de círculos no chão deve ser igual à metade do número de participantes, as pessoas ocupam um círculo e ficam uma ao lado da outra com uma das mãos dadas. Além disso, quando o grupo cantar "Tira..." o par pula para fora do círculo, um para cada lado e sem soltar as mãos.

E por que não propor que se jogue em trios e quartetos??

Dicas:
Este jogo-dança é uma gostosa brincadeira que exige uma certa concentração do grupo para perceber qual é o ritmo a ser adotado. É prudente começar mais devagar e se o grupo for respondendo bem ao desafio, sugerir o aumento da velocidade.

O respeito ao parceiro do lado e a atenção para não machucar os pés alheios são toques interessantes que a pessoa que focaliza o jogo pode dar.

Quando o grupo não está conseguindo estabelecer um ritmo grupal, o(a) focalizador(a) pode oferecer espaço para que as pessoas percebam onde está a dificuldade e proponham soluções. Da mesma forma, quando o desafio já tenha sido superado e o grupo queira continuar jogando, há espaço para criar novas formas de deslocamento e também há abertura para outras coreografias nesta ou em outras cantigas do domínio popular.

Vale dizer que o pessoal ri muito, que é um jogo legal para descontrair, para festinhas de criança e festonas de adultos, aulas na escola, treinamentos de gestão de pessoas buscando o ritmo de trabalho do grupo. O jogo pode acompanhar reflexão sobre temas de interesse específico ou simplesmente ser jogado pelo prazer de jogar-dançar.

TROCA DE PALAVRAS - Edição 2 de Setembro de 2001 da Revista Jogos Cooperativos, pág. 13
Re-creação a partir do Jogo Cooperativo de Tabuleiro Juntos (Together) de Jim Deacove – Family Pastimes/Projeto Cooperação
Objetivo do Jogo:
Encontrar soluções para os problemas recebidos pelos grupos.

Propósito:
Pensar, juntos, sobre a importância de soluções viáveis para as questões ambientais e sociais, trabalhar os Valores Humanos e a cooperação intra e inter-grupal. Alguns Valores Humanos trabalhados:
Respeito para com a opinião do outro;
Comunicação para a resolução dos conflitos;
Flexibilidade e abertura para ouvir o outro e entendê-lo;
Não violência para que os conflitos possam ser resolvidos de maneira pacífica;
Ética para encontrar a solução melhor para o grupo e não só para si.

Recursos:
Tiras de papel e Canetas

Número de Participantes:
O jogo pode ser compartilhado em duplas, trios, quartetos ou quintetos. Não há um número mínimo de grupos, podendo ser re-creado conforme a necessidade.

Duração:
O jogo pode ter vinte minutos para a etapa dentro dos grupos e mais vinte para os relatos. Mas pode ser modificado de acordo com o interesse dos participantes.

Descrição:
As tiras de papel são previamente preparadas com palavras-solução de questão ambiental, por exemplo. Outras tiras com palavras-problema – poluição, desmatamento, miséria, entre outras. Os participantes são divididos em grupos e recebem as palavras problema. São distribuídas até que todas acabem. Em seguida os grupos recebem as palavras-solução, da mesma maneira. O objetivo é que cada grupo disponha as palavras problema em ordem de prioridade a serem solucionadas. Usarão, então, depois as palavras-solução. Em seguida o grupo escolherá um relator que comentará a experiência. Há possibilidade dos grupos trocarem palavras-solução para melhor adequação e resolução do problema.

Dicas: Este é um jogo de re-flexão que pode ter inúmeras variantes de acordo com o grupo. Para grupos em que haja conflitos, por exemplo, o facilitador pode dispor das palavras-problema de maneira que possam proporcionar a discussão destes conflitos e suas causas.

Outra possibilidade, em se tratando de um Jogo Cooperativo, é a troca de palavras ou mesmo de participantes que funcionarão como conciliadores, podendo experimentar uma outra situação. O importante é o exercício da discussão, da re-flexão e da co-operação para a solução de conflitos.


Exemplos de jogo cooperativo:

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Relação entre a Exposição: "Museu é o Mundo" de Helio Oiticica e assuntos estudados na aula de Educação Física











A exposição “Museu é o Mundo” de Hélio Oiticica nos oferece uma forma diferenciada de entender as coisas. Através de suas obras podemos definir alguns entendimentos relacionados aos temas e assuntos abordados em sala de aula como: liberdade de expressão, criatividade, diferentes perspectivas e visões, variações de espaço, variações de cor, textura, luminosidade, muitas formas de expressão e movimento, dança entre outras.

A exposição trazia suas obras dispostas aparentemente pelas fases da vida do autor. As primeiras obras situadas no andar superior revelava o início de seus trabalhos, num de seus textos Oiticica coloca: “Não é um desenho a guache, essa definição não significa nada”... “Metaesquema significa que pelo fato de não usar cor, pouca cor ou papelão continua a ser pintura, porque espaço é pintura...”, essa passagem nos leva a refletir sobre as diferentes formas com que podemos utilizar o espaço e as diferentes formas de espaço para se trabalhar. Em Johan Huizinga vemos que o lúdico pode ser visto e transformado em diferentes situações e espaços. Da mesma forma que vemos no quadro “Jogos Infantis” de Peter Brueghel onde inúmeras variações de espaço eram utilizadas p/ o desenvolvimento de brincadeiras lúdicas.

Numa outra obra situada bem à entrada da exposição vemos cordas azuis (como fosse uma cortina) que, ao atravessá-la, lembrava atividades aquáticas como se estivéssemos numa piscina.

Ainda no primeiro espaço da exposição uma obra de madeira que tinha várias formas geométricas, suspensa por cordas e utilizava um espelho no chão refletindo suas cores, formas, luminosidade e movimento lembrava as quebras de paradigma, a transgressão do sistema, as diferentes formas de entender os processos de ensino e governo, as diferentes formas que podemos utilizar a educação no processo de aprendizagem (estas definições são vistas em textos de João Paulo Subirá Medina, vistas também em Le Boulch com o tema psicomotricidade que fala do processo de ensino-aprendizagem que ajudam no desenvolvimento físico, mental, psicológico e cultural da criança, e o texto de Valter Bracht onde vemos, além de outros assuntos relevantes “... visar uma ação que permita que se estabeleça uma política educacional, e de que se concretize uma escola em nosso país, de acordo com as necessidades e interesses da classe trabalhadora. A atuação política do professor de Educação Física deve também alcançar a política partidária para que, enquanto cidadão comum, assuma o papel de sujeito político da sociedade.”

Já no segundo andar da exposição vemos claramente em uma das obras o espaço reduzido que representava uma casa muito pequena ou um barraco de favela que nos remete a refletir como determinadas pessoas, por que não alunos de educação física, moram em condições difíceis onde a participação do profissional de Educação Física deve também atuar junto ao processo de cidadania, ou inclusão social dessa pessoa/aluno, também vemos este tema citado no texto de Valter Bracht. Este assunto voltado para o desenvolvimento do cidadão e as relações humanas também foi notado nos assuntos refletidos no Core Curriculum de Culturas: “Determinismo Ambiental” que retrata também o estilo de vida em determinada região onde o autor Friedrich Ratzel determina que povos de ambientes quentes (abaixo da Linha do Equador) são menos aptos que povos de países frios (Europa). Em outra abordagem do Core Curriculum de Culturas vemos as tribos urbanas, a homofobia e o sexismo que diferenciam pessoas e as excluem da sociedade de alguma forma.

Ainda no segundo espaço vemos o Parangolé onde percebo um estilo de dança e movimento sem utilização de ritmo, essa quebra de paradigma vista em textos de João Paulo Subirá Medina volta a falar sobre as diferentes formas de atuar e transmitir mensagens através da dança.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

AUTO-RETRATO

Meu nome é Emerson, casado há 8 anos.
Trabalho na área administrativa há 19 anos, há 12 anos numa empresa que processa transações de cartão de crédito. Sou formado em Administração e Marketing Bacharelado em pela Unicid – Universidade Cidade de São Paulo em 2005.
Cursei Inglês durante 2006 à 2008 mas não segui o curso, então conheço pouco do idioma. Por algum tempo em 2009 pensei em cursar uma Pós-Graduação na área administrativa mas não tive interesse. Como sempre gostei de esportes em geral, jogos, regras, competição, brincadeiras, jogos eletrônicos, percebi que não era tarde para começar um curso voltado para a educação, principalmente a Educação Física. Estou adorando o curso, me identifiquei bastante com os temas, minhas expectativas foram atendidas até o momento. Tenho certeza da minha escolha. Apesar de nunca ter exercido nenhuma atividade voltada para a Educação Física acredito que não é tarde para ingressar na área. Tenho muitas expectativas pro futuro, à princípio tenho interesse de formação junto à Educação, ou seja, Licenciatura, mas quero concluir o curso de bacharelado para obter maior conhecimento e aumentar o leque de atuação.
Este é meu auto-retrato voltado para meus anseios e aspirações quanto à minha formação profissional, abaixo deixo algumas mensagens que acredito estar presente neste momento da minha vida e até como auto-ajuda.

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.
Immanuel Kant, filósofo alemão. Fundador da filosofia crítica.

“O que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas são meios para obtê-la”.
Ralph Waldo Emerson (25 de maio de 1803, Boston, Massachusetts, EUA - 27 de abril de 1882, Concord, Massachusettes) foi um famoso escritor, filósofo e poeta dos Estados Unidos da América

quinta-feira, 15 de abril de 2010

TAEKWON-DO


Traduzindo literalmente do coreano, Taekwon-do significa:

TAE: Saltar, voar, chutar ou quebrar com o pé.
KWON: Socar ou destruir com os punhos.
DO: Arte, caminho, método (segundo a filosofia oriental, "o caminho construído pelos santos e sábios") Conceitualmente, Taekwon-do é a técnica de combate sem armas, para defesa pessoal, envolvendo a habilidade do emprego de pés, mãos e punhos.

Taekwon-do é:

-Espírito de aperfeiçoamento-Defesa pessoal-Destreza física-Arte

Não impondo barreiras de idade ou sexo para a sua prática, o Taekwon-do oferece uma série de benefícios à saúde mental e física, uma vez que atua como um todo nos sistemas cárdio-pulmonar e locomotor do indivíduo, desenvolvendo coordenação, equilíbrio, força muscular, etc. A repetição dos movimentos desenvolve a paciência, e o poder que o aluno adquire lhe dá autoconfiança.

A luta ensina humildade, coragem, estado de alerta e autocontrole. Os exercícios fundamentais proporcionam precisão e conhecimento do método, princípio e propósito.

O Taekwon-Do contribui no processo de amadurecimento do praticante estimulando a sensibilidade e percepção.

Através do convívio com pessoas sadias, o Taekwon-do pretende colaborar no processo de formação do indivíduo para sua participação ativa na sociedade.

Origem e história do TAEKWON-DO Apesar de recentemente introduzido no Ocidente, o Taekwon-do (pronuncia-se têcuondô) possui raízes muito antigas, embora tenha sido institucionalizado com este nome apenas no ano de 1955.

Em 670 d.c. a Coréia era dividida em três reinos: Kogoryo, Baek Je e Silla, este o menor deles, que era constantemente invadido e saqueado pelos seus dois vizinhos.

Para defender Silla, foi criado um grupo de guerreiros, formado por jovens oficiais militares e aristocratas, que além de treinados em diversas formas de luta e manejo de armas (lança, arco e flecha, bastão,...) tinham severa disciplina física e mental. Este grupo transformou-se em um temido e respeitado corpo de guerreiros de elite chamado HWA-RANG (semelhante aos samurais do Japão).

O Hwa-Rang tinha o seguinte código de honra:1- Ser leal ao rei.2- Ser obediente aos pais.3- Honrar os amigos.4- Nunca se retirar de uma batalha.5- Matar com justiça.

Evidências históricas comprovam que essas lutas se assemelhavam ao Taek Kyon, que foi o aprimoramento de várias lutas, dentre elas o Soo Bak Gi.

Com certeza essa é a origem do desenvolvimento das artes marciais na Coréia, porém com o passar do tempo, as dinastias que se seguiram passaram a adotar uma postura antimilitar, o que veio a marcar o início de um período de cultura civil que quase culminou com o fim das artes marciais da Península Coreana.

No ano de 1909 o quadro se agravou mais ainda com a ocupação japonesa que proibia a prática do Taek Kyon e outras artes marciais coreanas, que passaram a ser praticadas secretamente.
Após a libertação da Coréia em 1945, (rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial) com a formação da nova República Coreana e a reorganização de suas Forças Armadas (1946), um jovem segundo-tenente chamado CHOI GONG HI, recentemente solto de um campo de prisão japonês, começou a ensinar artes marciais para alguns de seus soldados.

Os anos de pesquisa e desenvolvimento do então General CHOI HONG HI, resultaram no estilo CHANG HUN (seu pseudônimo). Apesar de baseado principalmente nas técnicas de SOO BAK GI, TAEK KYON E KARATÊ, muitas técnicas foram adicionadas e aperfeiçoadas.

Em 1955 (durante a Guerra da Coréia), uma junta de instrutores e historiadores e outras personalidades proeminentes liderados pelo General CHOI, escolheu como TAEKWON-DO (TAE: ação dos pés; KWON: ação das mãos e punhos; DO: caminho-filosoficamente) o nome da nova arte marcial coreana, por significar adequadamente o que representa e também por lembrar o antigo TAEK KYON, reanimando, assim, o senso de patriotismo coreano.

A combinação das técnicas tradicionais e novas modificações resultaram em uma forma
de autodefesa e condicionamento físico-mental incomparável no mundo moderno.

Finalmente, em 22 de março de 1966 foi fundada a International Taekwon-do Federation (I.T.F.), formada inicialmente com a associação de nove países:Vietnã, Malásia, Singapura, Alemanha Ocidental, Estados Unidos, Turquia, Egito, Itália e Coréia do Sul e com sede na Coréia. A partir daí, seu presidente, o próprio General CHOI HONG HI, começa a organizar e formar turmas de instrutores internacionais espelhando-os pelo mundo com o intuito de divulgar o TAEKWON-DO.

Como uma organização Internacional de esporte puramente amador, a I.T.F tem por objetivo contribuir para a paz e justiça no mundo.

Vendo que era impossível desenvolver o nobre ideal do Taekwon-do sob o regime de então da Coréia do Sul, que tentava reduzir o Taekwon-do a instrumento político, o General CHOI HONG HI mudou a sede da I.T.F de Seul para Toronto (Canadá) em 1972, e novamente a mudou, em 1985, para Viena (Áustria), a fim de ter um centro de atividades mais proveitoso.

O General CHOI HONG HI foi o responsável pela unificação técnica dos estilos de "Karate Coreano" (Song Moo Kwan, Chung Do Kwan, Moo Do Kwanm Ji Do Kwan...), Karatê Japonês, Taek Kyon e Soo Bak Gi, criando o Taekwon-do, além de elaborar os vinte e quatro tuls e ser o mentor intelectual da parte filosófica.

Regras e Conceitos

O Juramento do Taekwondo:

juro honrar as regras do taekwondo obedecer meus tutores e superiores nunca fazer mal uso do taekwondo construir um mundo mais pacifico ser campeão da liberdade e da justiça.

Também faz parte da vida do praticante, não só na academia como também na vida pessoal seguir os princípios do Taekwondo:


  1. Cortesia

  2. Integridade

  3. Perseverança

  4. Auto controle

  5. Espírito Indomável


Referencias Bibliográficas:



Yeo Jin Klim - Arte Marcial Coreana Tae kwon de 1995


Valter Bracht

FAIR PLAY


O início da Era Moderna das Olimpíadas foi regida pela vontade do Barão Pierre de Cobertin de instituir a Paz e o Fair Play nos jogos.

Com o passar do tempo os jogos olímpicos e os esportes na sua totalidade começaram a sofrer influência do capitalismo com intenção dessa máquina "esporte" ter um grande potencial de gerar dinheiro para investidores, clubes, nações, etc.

Com a chegada da competição voltada pro lado do lucro o Fair Play (que é considerado uma atitude digna de valor e moral) começa a ser deixado de lado muitas vezes, exemplo este o caso do jogador Tierry Henry da França durante a participação de sua seleção nas seletivas para a Copa do Mundo da África do Sul onde, num lance irregular que o jogador carregou a bola com a mão, gerou o gol que classificou a França. Interesses políticos? Interesses de patrocinadores? Interesses pessoais? Podemos refletir muito sobre estes interesses.

Um exemplo de fair play que ficou gravado na memória de quem viu e que está guardado nos arquivos de pesquisa para este tema pode ser lembrado num acidente ocorrido em 1992 onde o piloto frances Eric Comas sofreu um grave acidente após uma curva, Ayrton Senna quando percebeu o risco de morte do piloto adversário passa pelo acidente, para o carro ao lado da pista e desce para salvar a vida de Eric. Neste momento, Ayrton Senna ignora todo o resultado da prova, da competição, de patrocinadores, de interesses alheios para pregar a vida de um companheiro de profissão.

Em resumo, o fair play é baseado no calor da amizade, no respeito pelo outro e no espírito esportivo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

O que é Ciência?

É o esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como a realidade funciona através da investigação racional ou estudo da natureza direcionando a descoberta da verdade, verdade esta que pode ser modificada através da Concepção Construtivista (Jeam Piaget). Durante muito tempo a Ciência foi vista de uma forma concreta e ordenada (Isaac Newton), mas através da concepção construtivista a Ciência se apresenta também na forma desordenada, baseada na Teoria do Caos de Albert Einstein.

São três as concepções de Ciência:

Concepção racionalista: estende-se dos gregos até o século XVII. Modelo de objetividade na matemática, procura provar a verdade de seus anunciados e resultados sem deixar dúvidas possíveis, também conhecida como hipotético-dedutiva, pois definia o objeto e suas leis e deduzia propriedades, efeitos posteriores e previsões. (René Descartes)

Concepção empirista: vai da medicina grega e Aristóteles (Filósofo) até o final do século XIX e afirma que a ciência é uma interpretação dos fatos baseada em observações e experimentos que permitam estabelecer deduções e quando completadas oferecem definições do objeto, suas propriedades e leis de funcionamento, também conhecida como hipotético-indutiva, pois apresenta suposições sobre o objeto, realizava observações e experimentos e chegava a conclusão dos fatos, leis e propriedades. (John LocKe; Francis Bacon)

Concepção construtivista: considera a ciência como uma construção de modelos explicativos para a realidade e não uma representação desta própria realidade. Nesta definição o cientista combina a dedução, a indução e mais a ideia de conhecimento aproximativo e corrigível, desta forma, procura apresentar uma verdade aproximada que pode ser corrigida e modificada. (Jeam Piaget)

Método Científico:
É um conjunto de regras para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes.

Atitude Científica:
De acordo com Marilena Chauí o que distingue a atitude científica da atitude costumeira ou senso comum é que a atitude científica desconfia da veracidade de nossas certezas, da falta de curiosidade, ou seja, onde vemos coisas, fatos e acontecimentos a atitude científica vê problemas, obstáculos e novas oportunidades de conhecimento.

Especismo, até que ponto temos este direito?


Até que ponto temos o direito de sermos a classe dominante do planeta?

O especismo é a relação entre as espécies humanas, animais, vegetais e porquê não, minerais.
Devemos evitar as desigualdades para com os demais seres vivos que dividem o espaço em nosso planeta. Estamos conectados com outros seres, ou seja, toda alteração feita na forma de vida animal ou vegetal de certa forma afetará o ecosistema. (Alguns filmes são exemplo para esta reflexão como “Avatar” e “Efeito Borboleta” (mostra como determinadas escolhas podem mudar nosso futuro. Também baseado na teoria do caos.)).


As formas com que o ser humano trata os animais muitas vezes supera a ignorância. Para algumas culturas os maltratos em alguns animais são sinônimo de diversão, para outras, não. E qual a razão então, para maltratar animais como os touros nos eventos de touradas? Será o mesmo maltrato que empresas produtoras de alimentos a base de carne bovina, suina ou peixes utilizam com seus animais? Os animais são seres sencientes, ou seja, eles têm capacidade emocional para sentir dor, medo, prazer, alegria e estresse, além de terem memória e, até mesmo, saudades.

O resultado do plantio de sementes transgênicas é um fruto estéril, ou seja, quando usamos sementes transgênicas para plantar, estas mesmas, quando germinadas e desenvolvidas, não mais servirão para novo plantio, isto afeta diretamente na forma natural da proliferação da espécie. Ex. dessa manifestação podemos utilizar o milho ou verduras como a alface que se proliferam através da ação do vento.

Devemos refletir sobre estas questões. São nossas ações hoje que trarão algum resultado para o futuro de nossa próxima geração.
Dica de vídeo para enriquecer o tema disponível.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Antropologia Cultural

A Antropologia geral é dividida em quatro áreas:

antropologia física (mais conhecida como antropologia biológica;
arqueologia:
linguística e;
antropologia cultural.

A antropologia cultural tem por objetivo o estudo do homem e das sociedades humanas na sua vertente cultural, pela representação, pela imagem ou pela palavra. A criação desta disciplica leva a reflexão das diferenças entre "cultura" e "natureza". Alguns antropólogos argumentam qua a cultura é a "natureza humana" e que todas as pessoas tem a capacidade de classificar experiências mas desde que a cultura é aprendida e que pessoas vivendo em diferentes lugares tem diferentes culturas. Em outras palavras a antropologia cultural leva a reflexão sobre o homem em relação às diferentes culturas inserido na sociedade.

sábado, 20 de março de 2010

Dimensão Conceitual, Procedimental e Atitudinal - por Suraya Darido

Dimensão Conceitual é a forma do professor promover ao aluno o conhecimento de si mesmo, suas possibilidades de movimento e limitações, bem como as características das atividades físicas, as formas de realizar o exercício ou a atividade, as regras dos jogos ou modalidades esportivas. Podemos associar ao saber fazer. O exemplo de saber fazer determinado exercício, sua objetividade, a postura a ser adotada, o tempo de uso, etc deve-se ter atenção do saber fazer para atingir um resultado melhor esperado.

Dimensão Procedimental estabelece o fazer como forma de desenvolvimento ou seja, como arremessar, saltar, correr, receber uma bola por exemplo, chutar, procurar melhoria do movimento, o desenvolvimento motor do aluno.

Dimensão Atitudinal refere-se ao conhecimento de si mesmo, transmitir ao aluno as formas de auto-conhecimento, de como esse aluno se formará socialmente através de práticas esportivas. Tem as atitudes como doutrina. Como a pessoa deve "ser", se comportar perante a sociedade.

As atividades aquáticas associadas ao processo de bem-estar e qualidade de vida (Em foco: bebês e crianças na idade infantil)


A utilização do meio aquático não constitui exclusividade dos tempos atuais, uma vez que o homem da pré-história já utilizava-se do ambiente aquático com muita frequência.

De acordo com Skinner; Thomson (1985), há relatos de que há cerca de cinco mil anos, na Índia, já existiam piscinas de água quente onde figuras assírias de baixo relevo mostravam estilos rudimentares de natação. Além disso, em 460-375 a.C. Hipócrates usava água no tratamento de doenças e os romanos utilizavam os banhos com finalidades recreacionais e curativas.

Hoje o interesse em relação às atividades na água aumentou entre estudiosos, professores e pesquisadores das diversas áreas de estudo, como exemplos a Educação Física e suas atividades físicas, a Fisioterapia e suas terapias aquáticas, entre outras, bem como elevados índices de procura e aceitação pela população em geral.

Benefícios das Atividades Aquáticas

O certo é que a água está em nosso corpo, na nossa vida e ocupa a maior parte de nosso planeta. Dentre outras inúmeras características do meio líquido, não menos importante seria sua relação com a Educação Física e a Fisioterapia, haja vista a vasta quantidade de atividades que podem ser realizadas em tal ambiente líquido. Para retratar melhor, perceba a existência da hidroginástica, do pólo aquático, da hidroterapia, da natação, entre outros.

As atividades aquáticas vêm evoluindo de maneira satisfatória de acordo com as exigências da sociedade e do próprio ser humano, sendo uma das modalidades esportivas mais praticadas em academias, clubes, haja vista a quantidade de pessoas que adoram se exercitar em meio líquido.
São inúmeros os benefícios das atividades aquáticas, em diferentes faixas-etárias e respeitando melhoria em diversos níveis:

No que concerne ao aspecto físico, a possibilidade de realizar movimentos sem causar impacto às articulações e tendões, estimulação de toda a musculatura e manutenção do tônus muscular, efeitos benéficos sobre o sistema respiratório e cardiovascular, recuperação de enfermidades, entre outros.

Em relação ao aspecto psicológico, tendência à elevação da auto-estima, alívio dos níveis de stress, maior disposição p/ enfrentar as atividades cotidianas, entre outros.
No que tange ao aspecto social, é perceptível como há novas possibilidades de favorecimento das relações interpessoais e conseqüente aumento dos laços de amizade, interesse em compartilhar experiências e ideais, entre outros.

Atividades Aquáticas para Grupos Especiais (Bebês)

É inegável não percebermos a devida importância das atividades aquáticas mesmo para determinados grupos especiais, tais como gestantes, bebês, portadores de necessidades especiais, terceira idade, asmáticos e pessoas que necessitam de reabilitação postural, os quais tendem a sofrer positivamente com os inúmeros benefícios que a prática física em meio líquido pode proporcionar.

Neste momento o grupo foca as atividades aquáticas para o desenvolvimento de bebês e nas fases da infância.

Uma das áreas da natação que mais se desenvolveu nos últimos anos foi as atividades aquáticas para bebês e pré-escolares. São inúmeras as vantagens que a natação pode oferecer nesta etapa:
- Melhora o desempenho neuromotor
- Fortifica a musculatura
- Aumenta a capacidade cardíaca
- Ativa e dá mais mobilidade às articulações
- Estimula o sono mais tranqüilo
- Reforça a apetite
- Desenvolve a estabilidade emocional e a autoconfiança
- Reforça a relação pais e filhos
- Proporciona a sociabilização

Atividades Aquáticas na escola

Mesmo em ambiente escolar parece que há uma tendência à inserção das atividades aquáticas como forma de viabilizar um processo educacional mais recorrente, com possibilidade de adquirir educação mediante a prática de atividades físicas em meio líquido.

Pensando no aluno como ser humano único e singular e como ele é olhado por pais e professores, surge a necessidade de atentar para os problemas pelos quais passam algumas instituições educacionais, sobre a ênfase dada ao método e à técnica absoluta para alcançar os objetivos da aula, em detrimento da adoção de condutas e estratégias que valorizam o indivíduo como um todo e facilitam a aprendizagem, como por exemplo, as dinâmicas lúdicas.

Para a criança o meio aquático é uma atividade pela qual ela descobre um novo mundo. O lúdico é a brincadeira no meio aquático instintivamente são usados para descobrir este mundo.
A infância serve para brincar e para imitar, não se pode imaginar a infância sem seus risos e brincadeiras, como cita (CHATEAU 1987).

O ensino da natação para crianças, de 8 a 10 anos, proporciona uma série de experiências psicomotoras para ajudar no seu desenvolvimento global. Segundo Le Boulch (1992), a atividade corporal global, em uma perspectiva de desenvolvimento nesse estágio, ocorre por que: “(...) traduz a expressão de uma necessidade fundamental de movimento, de investigação e de expressão que deve ser satisfeita”. Ajuriaguerra endossa o que Le Boulch pensa que o “corpo não é apenas um instrumento de ação e de construção, mas também o meio concreto e último de comunicação social”.

De acordo com Andries Jr., Wassal, Perreira (2002, pg.8), “nadar significa ação participativa na água..., é resolver de maneira objetiva um problema de movimentação pessoal num meio diferenciado”. O mais importante em uma aula de natação é como a criança vai praticá-la, transformando a água em um brinquedo, encontrando-se, por sua própria conta.

As atividades lúdicas e os jogos cooperativos têm o caráter de fixação de algum exercício proposto na aula, (descontraindo e mascarando o objetivo da brincadeira para que aprenda de maneira divertida e rápida) trazendo consigo o prazer de executar as atividades propostas. È brincando que a criança se desenvolve, exercendo suas potencialidades. (CORRÊA e MASSAUD, 2004).

E, independentemente da existência de conflitos internos, carências e potencialidades, o aluno é capaz de desenvolver-se e adaptar-se ao meio líquido de acordo com seus limites e ritmo próprio, rompendo barreiras e abrindo possibilidades de receber uma educação baseada na valorização do desenvolvimento global do ser humano, levando em consideração as estruturas física, emocional e intelectual da criança.

Portanto, no meio líquido, como um espaço educativo, é vital o papel do professor nesse processo, o qual deve acontecer de forma gradual e evolutiva, sem atropelar as expectativas da criança. Assim, tende-se a criar um espaço pedagógico e inclusivo, no sentido de facilitar aos alunos a vivência de experiências perceptivas e sensíveis, bem como um ensino-aprendizagem.

Referências bibliográficas e de Pesquisa

· NAHAS, M. V., KERBEJ, F. C. Natação: algo mais que 4 nados. São Paulo: Manole, 2002.
· SKINNER, A. T.; Thomson, A. M. Duffield: exercícios na água. 3. ed. São Paulo: Manole, 1985.
· http://www.efdeportes.com/efd103/atividades-aquaticas.htm - As atividades aquáticas associadas ao processo de bem-estar e qualidade de vida.
· http://www.artigonal.com/esportes-artigos/recreacao-aquatica-livre-ou-dirigida-1791812.html
Tivemos uma aula prática de atividades aquáticas que enfatizou um leve aquecimento, connhecimento de flutuação nos dois modos: decúbito ventral e decúbito dorsal, adaptação ao meio aquático, iniciação ao nado estilo peito, costas e livre. Trabalhamos também o lúdico no momento que em efetuamos algumas brincadeiras aquáticas como "foguetinho" que é a utilização da impulsão com os pés utilizando a flutuação até o momento soltar o ar dos pulmões e elevar à posição vertical, também brincamos de "carrinho de mão" um participante em pé segurando as pernas do outro que tenta atravessar a piscina nadando livre ou somente flutuando.

domingo, 14 de março de 2010

O que é Educação Física?


Após alguns estudos sobre “O que é Educação Física” e depois de muito debatermos sobre este assunto entendo que educação física é corpo, mente e movimento.

Com base nestas definições citamos algumas referências abaixo:

Podemos observar diferentes ângulos do que é ou pode ser a educação física indagando: O que é mais importante: A técnica ou a pessoa? Modelar ou formar? A disciplina ou a participação? Domesticar ou educar? (Oliveira. Vitor Marinho de, O que é Educação Física? 1995 pág. 10)

Educação do movimento, educação pelo movimento, educação do corpo, cultura do físico e esporte. Qualquer outra nomenclatura entrará no campo de atuação da educação física. a caracterísitca essencial da educação física é o movimento. Não há educação fisica sem o movimento humano, e isto a distingue das demais disciplinas. Os seus elementos são a ginástica, o jogo, o esporte e a dança. (Oliveira. Vitor Marinho de, O que é educação física? 1995 pág. 104)

Na época de Sócrates (século V a.c.) já se falava em escolas para desenvolver o raciocínio. É muito difícil - senão impossível - estabelecer limites entre a aprendizagem motora e o intelectual. Quando acontece a primeira geralmente está ocorrendoa segunda. (Oliveira. Vitor Marinho de, O que é educação física? 1995 pág. 91). Ou seja, a atividade motora apresenta também valores intelectuais.

Não é só a cabeça do aluno que tem que ser matriculada na escola, é também o seu corpo, isso estabelece um elo entre o movimento e o desenvolvimento mental da criança. (Freire. João Batista, Educação de Corpo Inteiro, 1997).

Após a discussão sobre estas definições o professor nos auxiliou a discutir sobre as abordagens da educação física pois não tem apenas uma única definição mas sim pontos de vistas e abordagens científicas que seguem abaixo:

Desenvolvimentista
Construtista
Critico Superador
Sistemica
Psicomotricidade
Saúde renovadora
jogos cooperativos
cultural
P.C.N.
Critico Emancipadora
Importante: a Educação física também se mnodificou devido ao:
  • Higienismo: relação da prática de ginástica com a higiene, tinha a influência da medicina por isso a idéia de que a Educação Física é Saúde.
  • Eugenismo (1830/40): baseada na alteração da raça, ou seja, o modelo de homem ideal era da raça branca, o europeu.
  • Militarismo (1940): Política do Pão e Circo (se você estivesse alimentado e confortável você tinha sua atenção desviada e assim não percebia a atuação do governo militar sobre os brasileiros dessa época que sofriam sobretudo com a falta de informação adequada.

Na transição do higienismo, eugenismo e militarismo aparece João Paulo Subirá Medina e cita a crise que precisa acontecer para revolucionar a educação física.


Estudo sobre o Lúdico relacionado ao Filme Filhos do Paraíso

Um de nossos estudos sobre o Lúdico associou o tema com o filme Filhos do Paraíso do diretor Majid Majidi onde o menino Ali de 9 anos de família humilde e que vive com seus pais e sua irmã, Zahra e um dia perde o único par de sapatos da irmã enquanto fazia compras para sua mãe que estava doente e come medo de tomar bronca de seus pais, começa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, enquanto um Azra retornada da escola Ali aguardava descalço para pegar o tênis, durante esta passagem do filme nota-se um jogo entre eles com regras (aguardar um ao outro e não contar para seus pais, espaço (ir e voltar da escola) eram livres para fazer isso portanto faziam isso durante o “tempo” que eles designaram, etc...


Além do filme Filhos do Paraíso utilizamos 2 vídeos amadores (de situações rotineiras) onde pudíamos visualizar o lúdico implícita e explicitamente.

Nesses vídeos podemos visualizar o lúdico implícito onde vemos representantes de uma igreja chamados de Odebe Edon cultuando Jesus Cristo através da música, representada pela bateria dessa comunidade onde vemos o lúdico na forma de transmitir uma mensagem onde as regras estão em ouvir e seguir o grupo, o espaço e tempo definidos na praia onde localizavam-se, para aquele grupo víamos que era livre e que era alegre pois dava-lhes prazer no que faziam.

No segundo vídeo vemos o lúdico na forma explícita onde crianças brincam no parque com uma bola de vôlei mas utilizam uma barra para exercício como rede de vôlei... há regras, espaço e tempo definidos, é livre, é prazeroso.



segunda-feira, 1 de março de 2010


História do xadrez
A origem do xadrez é certamente o maior mistério existente no mundo. Infelizmente os historiadores não conseguem chegar a um consenso sobre o lugar de onde se originara o xadrez. O documento mais antigo é provavelmente a pintura mural da câmara mortuária de Mera, em Sakarah (nos arredores de Gizé, no Egito). Ao que parece, essa pintura, representa duas pessoas jogando xadrez e data de aproximadamente 3 000 anos antes da era cristã.
Hoje a teoria mais aceita é que ele se originou na Índia por volta do século VI d.C. Era conhecido como "o jogo do exército" ou "Chaturanga" e podia ser jogado com dois ou mais jogadores. Graças as viagens dos mercadores e dos comerciantes o jogo se espalhou para leste (China) e oeste (Pérsia). Mais adiante os árabes estudaram profundamente o jogo e se deram conta que ele estava bastante relacionado com a matemática, escreveram vários tratados sobre isto e aparentemente foram os primeiros a formalizar e escrever suas regras.
A primeira menção do xadrez está em um poema Persa em qual menciona que a vinda do jogo foi na Índia. O xadrez emigrou para a Pérsia (atual Irã) durante o reinado de Chosroe-I Annshiravan (531-579) e é descrito em um manuscrito persa daquele período. Este texto explica a terminologia, nomes e funções das peças com certo detalhe.
O xadrez também é mencionado na poesia épica de Firdousi (940-1021), Schanamekh - O livro dos reis, no qual ele menciona presentes que são dados por uma caravana do Rajah da Índia na corte do rei Persa Chosroe-I. Entre esses presentes, se encontrava um jogo que simulava uma batalha entre dois exércitos. Registros mostram que havia originalmente quatro tipos de peças usadas no xadrez. O Shatrang (sânscrito Hindú) significa "quatro" e anga significa "lados".
Na dinastia Sassanid (242-651 d.C.) um livro foi escrito no idioma Médio Persa Pahlavi chamado "Chatrang namakwor" (Um manual de xadrez). O shatrang (xadrez) representa o universo de acordo com o antigo misticismo Hindú. Os quatro lados representam os quatro elementos (fogo, ar, terra e água) e as quatro virtudes do homem. Embora os nomes das peças sejam diferentes em vários países hoje, seus movimentos são surpreendentemente parecidos. Na Pérsia, a palavra "Shatrang" se usou para nomear o mesmo xadrez.
Por volta do ano 651 d.C., com a conquista da Pérsia, os árabes adotam este jogo, valorizando-o e difundindo-o por todo o Norte da África, assim como por todos os reinos europeus dominados nos séculos seguintes, em particular para a Espanha (onde recebe, sucessivamente, os nome de: Acedrex, Axedres, Axedrez, Ajedrez), Portugal (Xadrez), a Sicília (Scachi Scacchi), a costa francesa do Mediterrâneo (Eschec, Eschecz, Eschecs, Échecs) e a Catalunha (Escacs, Eschacs, Scacs, Schacs, Eschacos, Schachos).
Os mais antigos manuscritos consagrados inteiramente ao xadrez, denominados Mansubas, aparecem em Bagdá, durante a Idade de Ouro Árabe. Não tendo em sua língua nem o som inicial nem o som final da palavra Chatrang, eles a modificam para Shatranj. Aproximadamente em 840, Al Adli, melhor jogador do seu tempo, publica um manuscrito Livro do xadrez (este original foi perdido).
No início do século IX o califa de Bagdá Haroun-al-Rachid (766-809) oferece a Carlos Magno (768-814) um jogo em mármore, hoje desaparecido. Conservam-se, no entanto, na Biblioteca Nacional de Paris, algumas peças denominadas Charlemagne.
Por volta do século IX o xadrez foi introduzido na Europa por duas vias distintas: segundo uns pela invasão muçulmana da Península Ibérica, e segundo outros, durante o confronto Ocidente-Oriente na Primeira Cruzada. No século XI já era amplamente conhecido no velho mundo.
Uma outra versão bastante aceita para a origem é de que ele tenha se originado na China em 204-203 a.C. por Han Xin, um líder militar, para dar às suas tropas algo para fazer no acampamento de inverno. Um jogo conhecido como "go" que tem um rio, um canhão, um cavalo, uma torre, um rei, um peão e um bispo, sendo que estas quatro últimas peças localizam-se na mesma posição do xadrez ocidental. As peças tem inscrições em caracteres chineses e são colocadas em "pontos". Há duas referências do xadrez na literatura antiga chinesa. A primeira foi de uma coleção de poemas conhecida como "Chu chi". O autor chamava-se Chii Yuan. A segunda é de um famoso livro de filosofia conhecido como "Shuo Yuan" que citava Chu Chi.
Mas existem vários tipos de xadrez: xadrez ocidental, xadrez chinês, xadrez japonês (shogi), xadrez coreano, xadrez burmês, xadrez cambojano, xadrez tailândes, xadrez malaio, xadrez indonésio, xadrez turco e possivelmente até xadrez etíope. Todos tem em comum certos aspectos como: o objetivo é dar xeque-mate ao rei, todos tem o rei no centro, uma torre no canto, um cavalo próximo a ela e peões em frente, e os movimentos dessas peças é idêntico ou quase idêntico ao do xadrez ocidental.
Falar afirmativamente sobre o xadrez ter se originado em tal época e em tal lugar de tal maneria pode ser uma coisa muita mais séria do que se imagina, pois existem muitas pessoas que defendem com todas as forças que a origem do xadrez foi na Índia, enquanto alguns outros afirmam com toda certeza que ele surgiu na China muito antes do que na Índia. Infelizmente não chegamos a um acordo sobre tudo isso, pois a origem do xadrez já foi atribuída até ao rei Arthur, ao rei Salomão, aos sábios mandarins contemporâneos de Confúcio, aos Egípcios e aos Gregos, no cerco à Tróia, para distrair os soldados. O correto é que tenha se originado de onde for o xadrez é um do jogos mais prestigiados do mundo, sendo tratado muitas vezes como arte ou ciência.
As regras e os movimentos das peças sofreram alterações ao longo do tempo, mas ultimamente as regras são as mesmas desde o século XV.
Na Idade Média, o "jogo dos reis" adquire, rapidamente, o status de passatempo favorito da sociedade aristocrática européia, sendo proibida a sua prática entre os pobres. Recomenda-se começar sua aprendizagem aos seis anos de idade. As mulheres nobres não hesitam em sentar-se em frente do tabuleiro, mostrando-se, inclusive, tão hábeis quanto os homens. Estes, só têm o direito de entrar em um aposento feminino com o objetivo explícito de jogar xadrez.
No século XIII as casas do tabuleiro passaram a ser dividas em duas cores para facilitar a visualização dos enxadristas. O duplo avanço do peão em sua primeira jogada surgiu em 1283, em um manuscrito europeu.
Mas uma das principais alterações aconteceu aproximadamente em 1485, na renascença italiana, surgindo o xadrez da “rainha enlouquecida”. Até esta época não existia ainda a peça rainha, e em seu lugar havia uma chamada Ferz, que era uma espécie de Ministro. Ele, que só podia deslocar-se uma casa por vez pelas diagonais, transformou-se em Dama (Rainha) ganhando o poder de mover-se para todas as direções.
A transformação de uma peça masculina em Rainha pode ser considerada como um indício da crescente valorização da mulher durante o período medieval, mas também como metáfora de uma sociedade dominada por um casal monárquico. Porém, para o psicanalista Isador Coriat é possível que esta metamorfose tenha sido motivada por uma tendência a identificar-se inconscientemente o xadrez com a estrutura do complexo de Édipo, o Rei simbolizando o pai e a Rainha a mãe.
Por volta de 1561 o padre espanhol Ruy Lopez de Segura, que foi o melhor jogador deste período, propôs a utilização do roque. Esta alteração será aceita na Inglaterra, França e Alemanha somente 70 anos depois. O movimento En Passant já era usado em 1560 por Ruy Lopez, embora não se conheça seu criador.
Em vinte anos as inovações espalham-se e as duas modalidades de xadrez coexistem por toda a Europa. A nova maneira de jogar imprime um maior dinamismo às partidas, devido à grande riqueza combinatória que ela proporciona, e o antigo xadrez é, rapidamente, relegado ao esquecimento.

REGRAS DO JOGO
Artigo 1: A natureza e os objetivos do jogo de xadrez
1.1 O jogo de xadrez é disputado entre dois adversários que movem alternadamente peças sobre um tabuleiro quadrado chamado "tabuleiro de xadrez". O jogador com as peças brancas inicia a partida. É dito que um jogador "tem o lance" quando o lance de seu adversário foi completado.
1.2 O objetivo dos jogadores é colocar o rei do adversário "sob ataque" de forma que o adversário não tenha lance legal que evitaria a "captura" do rei no lance seguinte. É dito que o jogador que consegue isso deu "xeque-mate" no adversário e ganhou a partida. O adversário que levou xeque-mate perdeu a partida.
1.3 Se a posição for tal que nenhum jogador pode dar xeque-mate, a partida está empatada.

Artigo 2: A posição inicial das peças no tabuleiro
2.1 0 tabuleiro de xadrez é composto de 64 casas iguais alternadamente claras (as casas "brancas") e escuras (as casas "pretas"). 0 tabuleiro de xadrez é colocado entre os jogadores de modo que a casa do canto à direita do jogador seja branca.
2.2 No começo da partida um jogador tem 16 peças de cor clara (as peças "brancas"); o outro tem 16 peças de cor escura, (as peças "pretas"):

Essas peças são as seguintes:
Um rei branco,
Uma dama branca,
Duas torres brancas,
Dois bispos brancos,
Dois cavalos brancos,
Oito peões brancos,
Um rei preto,
Uma dama preta,
Duas torres pretas,
Dois bispos pretos,
Dois cavalos pretos,
Oito peões pretos,

2.4 As oito séries verticais de casas são chamadas "colunas". As oito séries horizontais de casas são chamadas "fileiras". Uma linha reta de casas de mesma cor, que vai de um canto a outro, é chamada "diagonal".

Artigo 3: A movimentação das peças
3.1 Nenhuma peça pode ser movida a uma casa ocupada por uma peça da mesma cor. Se uma peça é movida para uma casa ocupada por uma peça do adversário esta última é capturada e removida do tabuleiro como etapa do mesmo lance. É dito que uma peça ataca uma casa se a peça pode fazer uma captura de acordo com 3.2 a 3.5.
3.2 a) A dama se movimenta a qualquer casa na coluna, fileira, ou diagonal em que está.
A torre se movimenta a qualquer casa na coluna ou fileira em que está.
O bispo se movimenta a qualquer casa na diagonal em que está.
Quando fazem esses lances, a dama, torre ou bispo não podem passar sobre quaisquer peças interpostas.
3.3 0 cavalo se movimenta a uma das casas mais próximas daquela em que está, mas não na mesma coluna, fileira ou diagonal. Ele não passa diretamente sobre nenhuma casa vizinha.
3.4 a) 0 peão se movimenta adiante à casa desocupada imediatamente em frente dele na mesma coluna, ou
b) no seu primeiro lance o peão pode avançar duas casas pela mesma coluna desde que ambas estejam desocupadas, ou
c) o peão se move para uma casa ocupada por uma peça do adversário que esteja diagonalmente à frente dele numa coluna vizinha, capturando esta peça.
d) Um peão atacando uma casa atravessada por um peão do adversário que tenha avançado duas casas num lance a partir da sua casa de origem, pode capturar esse peão do adversário como se este último tivesse avançado apenas uma casa. Essa captura só pode ser feita no lance seguinte a esse avanço e é chamada captura "en passant".
e) Quando um peão alcança a fileira mais distante de sua posição inicial deve ser substituído, como etapa do mesmo lance, por uma dama, uma torre, um bispo, ou um cavalo da mesma cor. A escolha do jogador não é restrita a peças que foram capturadas previamente. Essa troca de um peão por outra peça é chamada "promoção" e o efeito da nova peça é imediato.
3.5 a) 0 rei pode se movimentar de duas maneiras, seja:
1) movendo-se para qualquer casa adjacente que não esteja atacada por uma peça do adversário, ou
2) "rocando". Esse é um movimento do rei e de uma das torres da mesma cor na mesma fileira, contando como um único lance do rei e sendo executado da seguinte forma: o rei é transferido da sua casa original duas casas em direção à torre, e então essa torre é transferida por sobre o rei para a casa que o rei acabou de atravessar.

1) 0 roque é ilegal:
(a) se o rei já foi movido, ou
(h) com uma torre que já foi movida.
2) 0 roque não é permitido temporariamente:
(a) se a casa onde rei está, ou a casa que ele deve atravessar, ou a casa que ele vai ocupar, estiverem atacadas por uma ou mais peças do adversário.
(b) se houver alguma peça entre o rei e a torre com a qual o roque vai ser
feito.
a) É dito que o rei está "em xeque", se está sob o ataque de uma ou mais peças do adversário, mesmo se tais peças não puderem se mover. Declarar um xeque não é obrigatório. Um jogador não pode fazer um lance que coloque ou deixe seu próprio rei em xeque.

Artigo 4: A ação de movimentar as peças
4.1 Cada lance deve ser feito com uma só mão.
4.2 Desde que primeiramente expresse sua intenção (por exemplo, dizendo 'j'adoube"), o jogador que tem o lance pode arrumar uma ou mais peças em suas casas.
4.3 Exceto como prevê o Artigo 4.2, se o jogador que tem o lance toca deliberadamente sobre o tabuleiro:
a) uma ou mais peças da mesma cor, ele deve mover ou capturar a primeira peça tocada que possa ser movida ou capturada, ou
b) uma peça de cada cor, ele deve capturar a peça do adversário com sua peça ou, se isso for ilegal, mover ou capturar a primeira peça tocada que possa ser movida ou capturada. Se não estiver claro qual peça foi tocada primeiro, a peça do próprio jogador deve ser movida.
4.4 a) Se um jogador deliberadamente toca em seu rei e numa torre ele deve rocar naquele lado se for legal.
b) Se um jogador deliberadamente toca numa torre e então em seu rei, ele não pode rocar daquele lado e a situação será governada pelo Artigo 4.3.
c) Se um jogador com intenção de rocar toca em seu rei ou no rei e na torre ao mesmo tempo, mas o roque naquele lado é impossível, o jogador deve escolher entre rocar no outro lado, desde que seja legal, ou mover o rei. Se o rei não tiver lance legal o jogador é livre para fazer qualquer lance legal.
4.5 Se nenhuma das peças tocadas pode ser movida ou capturada o jogador pode fazer qualquer lance legal.
4.6 Se o adversário violar os Artigos 4.3 ou 4.4 o jogador não pode reclamar disso depois que ele mesmo deliberadamente tocar numa peça.
4.7 Quando, em um lance legal ou como parte de um lance legal, uma peça foi solta numa casa, ela não pode então ser movida para outra casa. 0 lance é considerado feito quando todos os requisitos do Artigo 3 foram preenchidos.

Artigo 5: A partida terminada
5.1 a) A partida é vencida pelo jogador que deu xeque-mate ao rei de seu adversário com um lance legal. Isso finaliza imediatamente a partida.
b) A partida é vencida pelo jogador cujo adversário declara que abandona. Isso finaliza imediatamente a partida.
5.2 A partida está empatada quando o jogador com o lance não tem nenhum lance legal e seu rei não está em xeque. Isso finaliza imediatamente a partida.
5.3 A partida está empatada mediante acordo entre os dois jogadores durante a partida. Isso finaliza imediatamente a partida.
5.4 A partida pode ser empatada se uma posição idêntica está prestes a aparecer ou apareceu no tabuleiro três vezes.
5.5 A partida pode ser empatada se os últimos 50 lances consecutivos foram feitos por ambos os jogadores sem o movimento de algum peão e sem a captura de alguma peça.

Referências:
http://xadrezsimoes.sites.uol.com.br/HISTORIADOXADREZ.htm
http://www.dcc.ufam.edu.br/~albertoc/cursos/psa/tp_xadrez/index.html
http://www.cbx.org.br/