domingo, 13 de junho de 2010

Avaliação 1º Semeste


Monumento dedicado ao piloto de F1 Ayrton Senna da Silva

A Prefeitura da Cidade de São Paulo, com o intuito de imortalizar a imagem de nosso grande campeão, erigiu em 1995 no Complexo Viário Ayrton Senna, no coração d o Ibirapuera, um monumento de 5,0m em bronze com a obra "Velocidade, Alma, Emoção" criada pela escultora Melinda Garcia.Esta peça foi desenvolvida tendo como base o carro de Fórmula I de Ayrton Senna, com a finalidade de cumprir uma homenagem ao ídolo em três objetivos:
"VELOCIDADE" - imortalizar sua passagem meteórica;
"ALMA" - apreender de forma subentendida, porém substancial, sua presença anímica e carismática;
"EMOÇÃO" - aqui representada pela bandeira, simbolizando a entusiasmada vibração que sacudiu a todos nós brasileiros, criando uma união não só nacional, mas universal.
Procurei trazer esta obra para relacionar temáticas estudadas durante o semestre pois acredito que pode-se perceber muito sobre corpolatria.
De acordo com Newton Bittencourt dos Santos (Prof. de Educação Física e especialista em Medicina e Ciências do Esporte pela UFRGS - Porto Alegre. Filiado à IAAF (Federação Internacional de Atletismo Amador), "a maior exigência sobre um piloto de fórmula-1 vai ser o desgaste psicológico, que por sua vez vai exigir do sistema cardiovascular uma sobrecarga muito grande. A tensão e estresse a que se submete, nessas circunstâncias, faz com que sua freqüência cardíaca alcance limites próximos do seu batimento máximo".
"Isto, por si só, vai exigir um condicionamento físico considerável. A eficiência cardiovascular está diretamente relacionada com o desempenho e o fator segurança de vida do próprio piloto, e vai depender do grau da aptidão física em que ele se encontrar".
"Todo esse trabalho físico vai exigir uma preparação física impecável e ainda, um trabalho de relaxamento e mentalização para fortalecer sua concentração e desempenho global".(http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/automobilismo.php , acesso 13/06/2010)
Uma psicologia comportamental do esporte não deve ser entendida diferentemente da própria psicologia científica, que tem por objetivo a compreensão., predição e controle do comportamento. Sendo assim, o entendimento das variáveis que explicam o comportamento esportivo tanto individual quanto coletivo deve ser feito pela análise do contexto ambiental na qual o(s) indivíduo(os) fazem parte. O controle de tal comportamento se dá pela manipulação de variáveis independentes que podem ser controladas apud Skinner, Frederic Burrhus, 1953. (Rúbio, Kátia, pág. 21)

Quando relacionamos o corpo humano às várias atividades corporais e esportivas além da questão psicológica e mental devemos enfatizar as questões físicas e culturais do indivíduo.
A história dos exercícios físicos, segundo nossa compreensão, é escola de cultura e de educação. De maneira atraente e impregnada de beleza, ensina-nos a conhecer a humanidade, por meio de acontecimentos, coisas e pessoas, entrosando-se nos diferentes aspectos políticos, sociais e militares da história da civilização, onde ocupa lugar definido e sugestivo. O conhecimento do passado é chave para compreensão do presente e do futuro.

Dentro da acadêmica divisão da história, acompanhando a marcha ascensional do homem, documentada sobretudo no mundo ocidental, somos obrigados a afirmar que a prática dos exercícios físicos vem da pré-história, afirma-se na antiguidade, estaciona na idade-média, fundamenta-se na idade-moderna e sintetiza-se nos primórdios da idade contemporânea. Torna-se mais desportiva e universaliza seus conceitos dos nossos dias e dirige-se para o futuro, plena de ecletismo, moldada pelas novas condições de vida e ambiente. (Ramos, Jayr Jordão, pág. 15)
Ayrton Senna preocupava-se muito com a questão cultural dele e da sociedade brasileira como um todo, foi pensando dessa forma que procurou também contruibuir com a sociedade através de projeto social criado por sua irmã Viviane Senna, o Instituto Ayrton Senna. Enfatizava também a questão da diversidade cultural, a inclusão de pessoas menos favorecidas.
O conhecimento antropológico da nossa cultura passa, inevitavelmente, pelo conhecimento das outras culturas, reconhecendo que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única. Entretanto, esse conhecimento não se dá objetivando a comparação com a nossa para percebermos quão diferentes elas são. Esse conhecimento é realizado a fim de se compreender o sentido de determinada manifestação cultural numa dada sociedade e, a partir daí, relacionar com certos aspectos da nossa própria sociedade. Porque, apesar das diferenças entre as várias sociedades, existem semelhanças entre os seres humanos, das quais a mais interessante é a capacidade de se diferenciarem uns dos outros, de se expressarem das mais variadas formas, sem perderem a condição de serem humanos. O antropólogo, a partir de observações em outras sociedades, vai notando certas diferenças em relação à sua própria sociedade. Esse estranhamento em relação a determinados hábitos e comportamentos o faz olhar criticamente para características até então tidas como naturais em sua sociedade. É justamente essa variabilidade cultural que torna a humanidade plural e faz com que os homens, apesar de pertencerem todos à mesma espécie, se expressem por meio de especificidades culturais. Apud François Laplantine, 1988. (Daólio, Jocimar, pág. 24)
O que diferencia fundamentalmente os seres humanos dos outros seres vivos conhecidos são as possibilidades de suas consciências. A consciência do homem pode ser entendida como o estado pelo qual o corpo percebe a própria existência e tudo o mais que existe. Aceitar este conceito é concordar com o filósofo Maurice Merleau-Ponty, quando diz que a consciência é percepção e a percepção é consciência. Essa colocação parece-me básica no desenvolvimento de certos pontos de vista que defenderei neste ensaio. A partir daí podemos trabalhar mais desimpedidos a idéia de que a consciência é um fenômeno que se aproxima muito mais do corpo orgânico completo que das abstrações – como considerações isoladas – de espírito, mente ou alma. Na verdade, qualquer aspecto do homem é manifestado, e assim precisa ser entendido, por meio da unidade de seu corpo, se é que pretendemos dar a ele uma dimensão humana.

Em suma, a consciência só pode ser interpretada como uma manifestação mental na medida em que esta, em última análise, seja entendida como uma manifestação somática. Dessa forma, poderíamos dizer que a consciência está gravada no corpo. (Medina, João Paulo Subirá, pág. 23)
Ayrton Senna sabia da importância da cultura para as crianças e adolescentes, uma forma de gerar maior conhecimento e crescimento para o Brasil como nação. Em diversas reportagens sobre este esportista brasileiro ouvia-se a necessidade de incluir os jovens socialmente.
Pensar uma proposta sobre a disciplina pedagógica Educação Física, visando sua inserção no Projeto Reorganização da Trajetória Escolar no Ensino Fundamental, requer que a percebamos, por um lado, como um componente curricular responsável pela apreensão (no sentido da constatação, demonstração, compreensão e explicação) de uma dimensão da realidade social, na qual o aluno está inserido, que denominamos cultura corporal, parte da cultura do homem e da mulher brasileiros. O desenvolver de tal capacidade de apreensão tem, por sua vez, a finalidade de vir a proporcionar a intervenção autônoma, crítica e criativa do aluno nessa dimensão de sua realidade social, de modo a modificá-la, tornando-a qualitativamente distinta daquela existente.

Trocando em miúdos, o que queremos dizer é o seguinte: integrante da cultura do homem e da mulher brasileiros, a cultura corporal constitui-se como uma totalidade formada pela interação de distintas práticas sociais, tais como a dança, o jogo, a ginástica, o esporte que, por sua vez, materializam-se, ganham forma, através das práticas corporais. Enquanto práticas sociais, refletem a atividade produtiva humana de buscar respostas às suas necessidades. Compete, assim, à Educação Física, dar tratamento pedagógico aos temas da cultura corporal, reconhecendo-os como dotados de significado e sentido porquanto construídos historicamente. (Filho, Lino Castellani., págs 53 e 54)

O lema de Ayrton Senna desde que ingressou na Fórmula 1 sempre foi: "Vencer ou vencer". Senna dizia: "A vitória é o único prêmio de um piloto. É a motivação real e justificável para arriscar a vida em situações tão absurdas. Sem ela, não valeria o risco, por dinheiro nenhum, por nada neste mundo". E completava: "Ser piloto é uma questão de cromossomos: ou se nasce com esta predisposição, ou não. Se você tem as bases, pode desenvolvê-las, mas, quanto mais frio e racional, mais você precisa ter dentro de si a paixão pela corrida".
No esforço para compreender o esporte nas diversas épocas, o autor sustenta-se e procurar argumentar a partir de dados etnográficos, os quais interpreta, vinculando-os tanto a aspectos estruturais da realidade social, de cada momento histórico quanto aos conceitos desenvolvidos a priori acerca de brinquedo, jogo, competição e esporte. Dessa forma, numa síntese conclusiva, Guttman apresenta um quadro em que compara os diversos esportes analisados, diferenciando-os pela presença ou das características estabelecidas. Especificamente sobre o esporte moderno, considera-o um reflexo da Revolução Industrial e do movimento da Reforma Protestante, transformações sociais que seriam responsáveis pelo surgimento da racionalidade do esporte em detrimento da espontaneidade do jogo. (Stigger, Marco Paulo, págs 57 e 58)
Por outro lado, Huizinga comenta: “Como a realidade do jogo ultrapassa a esfera da vida humana, é impossível que tenha seu fundamento em qualquer elemento racional, pois nesse caso, limitar-se-ia à humanidade. A existência do jogo não está ligada a qualquer grau determinado de civilização, ou qualquer concepção do universo”. (Huizinga, 2007).

Bibliografia:
Psicologia do Esporte – Teoria e Prática. Rúbio, Kátia. Casa do Psicólogo Editora, São Paulo, 2003, 237 págs.
Da cultura do corpo. Daólio, Jocimar. Editora Papirus. Campinas, 1995, 12ª Edição, 81 Págs.
Medina, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo e “mente”. Editora Papirus, Campinas, 2007, 23ª Edição, 53 págs.
Filho, Lino Castellani. Política Educacional e Educação Física. Editora Editores Associados, Campinas, 2002, 2ª Edição, 56 págs.
Stigger, Marco Paulo. Educação Física, Esporte e Diversidade. Autores Associados Editora, Campinas, 2005, 125 págs.
Huizinga, Johan. Homo ludens - O jogo como elemento da cultura. Editora Perspectiva S.A, São Paulo, 2007, 5° Edição, pág. 6.

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