sábado, 20 de março de 2010

As atividades aquáticas associadas ao processo de bem-estar e qualidade de vida (Em foco: bebês e crianças na idade infantil)


A utilização do meio aquático não constitui exclusividade dos tempos atuais, uma vez que o homem da pré-história já utilizava-se do ambiente aquático com muita frequência.

De acordo com Skinner; Thomson (1985), há relatos de que há cerca de cinco mil anos, na Índia, já existiam piscinas de água quente onde figuras assírias de baixo relevo mostravam estilos rudimentares de natação. Além disso, em 460-375 a.C. Hipócrates usava água no tratamento de doenças e os romanos utilizavam os banhos com finalidades recreacionais e curativas.

Hoje o interesse em relação às atividades na água aumentou entre estudiosos, professores e pesquisadores das diversas áreas de estudo, como exemplos a Educação Física e suas atividades físicas, a Fisioterapia e suas terapias aquáticas, entre outras, bem como elevados índices de procura e aceitação pela população em geral.

Benefícios das Atividades Aquáticas

O certo é que a água está em nosso corpo, na nossa vida e ocupa a maior parte de nosso planeta. Dentre outras inúmeras características do meio líquido, não menos importante seria sua relação com a Educação Física e a Fisioterapia, haja vista a vasta quantidade de atividades que podem ser realizadas em tal ambiente líquido. Para retratar melhor, perceba a existência da hidroginástica, do pólo aquático, da hidroterapia, da natação, entre outros.

As atividades aquáticas vêm evoluindo de maneira satisfatória de acordo com as exigências da sociedade e do próprio ser humano, sendo uma das modalidades esportivas mais praticadas em academias, clubes, haja vista a quantidade de pessoas que adoram se exercitar em meio líquido.
São inúmeros os benefícios das atividades aquáticas, em diferentes faixas-etárias e respeitando melhoria em diversos níveis:

No que concerne ao aspecto físico, a possibilidade de realizar movimentos sem causar impacto às articulações e tendões, estimulação de toda a musculatura e manutenção do tônus muscular, efeitos benéficos sobre o sistema respiratório e cardiovascular, recuperação de enfermidades, entre outros.

Em relação ao aspecto psicológico, tendência à elevação da auto-estima, alívio dos níveis de stress, maior disposição p/ enfrentar as atividades cotidianas, entre outros.
No que tange ao aspecto social, é perceptível como há novas possibilidades de favorecimento das relações interpessoais e conseqüente aumento dos laços de amizade, interesse em compartilhar experiências e ideais, entre outros.

Atividades Aquáticas para Grupos Especiais (Bebês)

É inegável não percebermos a devida importância das atividades aquáticas mesmo para determinados grupos especiais, tais como gestantes, bebês, portadores de necessidades especiais, terceira idade, asmáticos e pessoas que necessitam de reabilitação postural, os quais tendem a sofrer positivamente com os inúmeros benefícios que a prática física em meio líquido pode proporcionar.

Neste momento o grupo foca as atividades aquáticas para o desenvolvimento de bebês e nas fases da infância.

Uma das áreas da natação que mais se desenvolveu nos últimos anos foi as atividades aquáticas para bebês e pré-escolares. São inúmeras as vantagens que a natação pode oferecer nesta etapa:
- Melhora o desempenho neuromotor
- Fortifica a musculatura
- Aumenta a capacidade cardíaca
- Ativa e dá mais mobilidade às articulações
- Estimula o sono mais tranqüilo
- Reforça a apetite
- Desenvolve a estabilidade emocional e a autoconfiança
- Reforça a relação pais e filhos
- Proporciona a sociabilização

Atividades Aquáticas na escola

Mesmo em ambiente escolar parece que há uma tendência à inserção das atividades aquáticas como forma de viabilizar um processo educacional mais recorrente, com possibilidade de adquirir educação mediante a prática de atividades físicas em meio líquido.

Pensando no aluno como ser humano único e singular e como ele é olhado por pais e professores, surge a necessidade de atentar para os problemas pelos quais passam algumas instituições educacionais, sobre a ênfase dada ao método e à técnica absoluta para alcançar os objetivos da aula, em detrimento da adoção de condutas e estratégias que valorizam o indivíduo como um todo e facilitam a aprendizagem, como por exemplo, as dinâmicas lúdicas.

Para a criança o meio aquático é uma atividade pela qual ela descobre um novo mundo. O lúdico é a brincadeira no meio aquático instintivamente são usados para descobrir este mundo.
A infância serve para brincar e para imitar, não se pode imaginar a infância sem seus risos e brincadeiras, como cita (CHATEAU 1987).

O ensino da natação para crianças, de 8 a 10 anos, proporciona uma série de experiências psicomotoras para ajudar no seu desenvolvimento global. Segundo Le Boulch (1992), a atividade corporal global, em uma perspectiva de desenvolvimento nesse estágio, ocorre por que: “(...) traduz a expressão de uma necessidade fundamental de movimento, de investigação e de expressão que deve ser satisfeita”. Ajuriaguerra endossa o que Le Boulch pensa que o “corpo não é apenas um instrumento de ação e de construção, mas também o meio concreto e último de comunicação social”.

De acordo com Andries Jr., Wassal, Perreira (2002, pg.8), “nadar significa ação participativa na água..., é resolver de maneira objetiva um problema de movimentação pessoal num meio diferenciado”. O mais importante em uma aula de natação é como a criança vai praticá-la, transformando a água em um brinquedo, encontrando-se, por sua própria conta.

As atividades lúdicas e os jogos cooperativos têm o caráter de fixação de algum exercício proposto na aula, (descontraindo e mascarando o objetivo da brincadeira para que aprenda de maneira divertida e rápida) trazendo consigo o prazer de executar as atividades propostas. È brincando que a criança se desenvolve, exercendo suas potencialidades. (CORRÊA e MASSAUD, 2004).

E, independentemente da existência de conflitos internos, carências e potencialidades, o aluno é capaz de desenvolver-se e adaptar-se ao meio líquido de acordo com seus limites e ritmo próprio, rompendo barreiras e abrindo possibilidades de receber uma educação baseada na valorização do desenvolvimento global do ser humano, levando em consideração as estruturas física, emocional e intelectual da criança.

Portanto, no meio líquido, como um espaço educativo, é vital o papel do professor nesse processo, o qual deve acontecer de forma gradual e evolutiva, sem atropelar as expectativas da criança. Assim, tende-se a criar um espaço pedagógico e inclusivo, no sentido de facilitar aos alunos a vivência de experiências perceptivas e sensíveis, bem como um ensino-aprendizagem.

Referências bibliográficas e de Pesquisa

· NAHAS, M. V., KERBEJ, F. C. Natação: algo mais que 4 nados. São Paulo: Manole, 2002.
· SKINNER, A. T.; Thomson, A. M. Duffield: exercícios na água. 3. ed. São Paulo: Manole, 1985.
· http://www.efdeportes.com/efd103/atividades-aquaticas.htm - As atividades aquáticas associadas ao processo de bem-estar e qualidade de vida.
· http://www.artigonal.com/esportes-artigos/recreacao-aquatica-livre-ou-dirigida-1791812.html
Tivemos uma aula prática de atividades aquáticas que enfatizou um leve aquecimento, connhecimento de flutuação nos dois modos: decúbito ventral e decúbito dorsal, adaptação ao meio aquático, iniciação ao nado estilo peito, costas e livre. Trabalhamos também o lúdico no momento que em efetuamos algumas brincadeiras aquáticas como "foguetinho" que é a utilização da impulsão com os pés utilizando a flutuação até o momento soltar o ar dos pulmões e elevar à posição vertical, também brincamos de "carrinho de mão" um participante em pé segurando as pernas do outro que tenta atravessar a piscina nadando livre ou somente flutuando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário