sexta-feira, 23 de abril de 2010

Relação entre a Exposição: "Museu é o Mundo" de Helio Oiticica e assuntos estudados na aula de Educação Física











A exposição “Museu é o Mundo” de Hélio Oiticica nos oferece uma forma diferenciada de entender as coisas. Através de suas obras podemos definir alguns entendimentos relacionados aos temas e assuntos abordados em sala de aula como: liberdade de expressão, criatividade, diferentes perspectivas e visões, variações de espaço, variações de cor, textura, luminosidade, muitas formas de expressão e movimento, dança entre outras.

A exposição trazia suas obras dispostas aparentemente pelas fases da vida do autor. As primeiras obras situadas no andar superior revelava o início de seus trabalhos, num de seus textos Oiticica coloca: “Não é um desenho a guache, essa definição não significa nada”... “Metaesquema significa que pelo fato de não usar cor, pouca cor ou papelão continua a ser pintura, porque espaço é pintura...”, essa passagem nos leva a refletir sobre as diferentes formas com que podemos utilizar o espaço e as diferentes formas de espaço para se trabalhar. Em Johan Huizinga vemos que o lúdico pode ser visto e transformado em diferentes situações e espaços. Da mesma forma que vemos no quadro “Jogos Infantis” de Peter Brueghel onde inúmeras variações de espaço eram utilizadas p/ o desenvolvimento de brincadeiras lúdicas.

Numa outra obra situada bem à entrada da exposição vemos cordas azuis (como fosse uma cortina) que, ao atravessá-la, lembrava atividades aquáticas como se estivéssemos numa piscina.

Ainda no primeiro espaço da exposição uma obra de madeira que tinha várias formas geométricas, suspensa por cordas e utilizava um espelho no chão refletindo suas cores, formas, luminosidade e movimento lembrava as quebras de paradigma, a transgressão do sistema, as diferentes formas de entender os processos de ensino e governo, as diferentes formas que podemos utilizar a educação no processo de aprendizagem (estas definições são vistas em textos de João Paulo Subirá Medina, vistas também em Le Boulch com o tema psicomotricidade que fala do processo de ensino-aprendizagem que ajudam no desenvolvimento físico, mental, psicológico e cultural da criança, e o texto de Valter Bracht onde vemos, além de outros assuntos relevantes “... visar uma ação que permita que se estabeleça uma política educacional, e de que se concretize uma escola em nosso país, de acordo com as necessidades e interesses da classe trabalhadora. A atuação política do professor de Educação Física deve também alcançar a política partidária para que, enquanto cidadão comum, assuma o papel de sujeito político da sociedade.”

Já no segundo andar da exposição vemos claramente em uma das obras o espaço reduzido que representava uma casa muito pequena ou um barraco de favela que nos remete a refletir como determinadas pessoas, por que não alunos de educação física, moram em condições difíceis onde a participação do profissional de Educação Física deve também atuar junto ao processo de cidadania, ou inclusão social dessa pessoa/aluno, também vemos este tema citado no texto de Valter Bracht. Este assunto voltado para o desenvolvimento do cidadão e as relações humanas também foi notado nos assuntos refletidos no Core Curriculum de Culturas: “Determinismo Ambiental” que retrata também o estilo de vida em determinada região onde o autor Friedrich Ratzel determina que povos de ambientes quentes (abaixo da Linha do Equador) são menos aptos que povos de países frios (Europa). Em outra abordagem do Core Curriculum de Culturas vemos as tribos urbanas, a homofobia e o sexismo que diferenciam pessoas e as excluem da sociedade de alguma forma.

Ainda no segundo espaço vemos o Parangolé onde percebo um estilo de dança e movimento sem utilização de ritmo, essa quebra de paradigma vista em textos de João Paulo Subirá Medina volta a falar sobre as diferentes formas de atuar e transmitir mensagens através da dança.

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