quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Reflexão sobre uma cena do Filme Teachers de 1984

A cena do professor sofrendo uma chantagem emocional pela liderança da escola e depois seguindo para sua sala para retirar seus pertences pois havia sido obrigado a pedir demissão para não ser julgado como vilão de um estupro causado por outro professor. Após esta cena, a advogada e amiga adentram a sala e tentam convecê-lo a não pedir demissão. O professor, à princípio, se entrega a chantagem, seus alunos entram na sala tentando motivá-lo a não desistir, até mesmo o aluno problemático tenta convencê-lo a não chantagear-se. Ainda assim o professor não aceita ficar. Num ato desesperador a advogada tira a roupa no corredar da escola para chamar sua atenção, é quando ela consegue convencê-lo que não pode ser manipulado desta forma e que a ética do professor deve ser defendida a qualquer custo, e assim não aceita a chantagem imposta por seus líderes



Fonte:
http//:en.wikipedia.org/wiki/teatchers_(film)


Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo.
(trecho retirado do livro A pedagogia da Autonomia de Paulo Freire)


Reflexão:

A educação não pode ser considerada neutra, ela exerce o esforço do professor para 'desmascará-la'. O professor deve entender isso, pois a prática de educar exige uma definição por parte do professor, ou seja, uma tomada de decisão. Quem ensina aprende a ensinar, quem aprende ensina ao aprender. É importante que exista dentro de quem ensina, uma vontade de sempre aprender. Cada professor deve estar capacitado para exercer um cargo dinâmico e deve manter-se atualizado sempre.












domingo, 13 de junho de 2010

Avaliação 1º Semeste


Monumento dedicado ao piloto de F1 Ayrton Senna da Silva

A Prefeitura da Cidade de São Paulo, com o intuito de imortalizar a imagem de nosso grande campeão, erigiu em 1995 no Complexo Viário Ayrton Senna, no coração d o Ibirapuera, um monumento de 5,0m em bronze com a obra "Velocidade, Alma, Emoção" criada pela escultora Melinda Garcia.Esta peça foi desenvolvida tendo como base o carro de Fórmula I de Ayrton Senna, com a finalidade de cumprir uma homenagem ao ídolo em três objetivos:
"VELOCIDADE" - imortalizar sua passagem meteórica;
"ALMA" - apreender de forma subentendida, porém substancial, sua presença anímica e carismática;
"EMOÇÃO" - aqui representada pela bandeira, simbolizando a entusiasmada vibração que sacudiu a todos nós brasileiros, criando uma união não só nacional, mas universal.
Procurei trazer esta obra para relacionar temáticas estudadas durante o semestre pois acredito que pode-se perceber muito sobre corpolatria.
De acordo com Newton Bittencourt dos Santos (Prof. de Educação Física e especialista em Medicina e Ciências do Esporte pela UFRGS - Porto Alegre. Filiado à IAAF (Federação Internacional de Atletismo Amador), "a maior exigência sobre um piloto de fórmula-1 vai ser o desgaste psicológico, que por sua vez vai exigir do sistema cardiovascular uma sobrecarga muito grande. A tensão e estresse a que se submete, nessas circunstâncias, faz com que sua freqüência cardíaca alcance limites próximos do seu batimento máximo".
"Isto, por si só, vai exigir um condicionamento físico considerável. A eficiência cardiovascular está diretamente relacionada com o desempenho e o fator segurança de vida do próprio piloto, e vai depender do grau da aptidão física em que ele se encontrar".
"Todo esse trabalho físico vai exigir uma preparação física impecável e ainda, um trabalho de relaxamento e mentalização para fortalecer sua concentração e desempenho global".(http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/automobilismo.php , acesso 13/06/2010)
Uma psicologia comportamental do esporte não deve ser entendida diferentemente da própria psicologia científica, que tem por objetivo a compreensão., predição e controle do comportamento. Sendo assim, o entendimento das variáveis que explicam o comportamento esportivo tanto individual quanto coletivo deve ser feito pela análise do contexto ambiental na qual o(s) indivíduo(os) fazem parte. O controle de tal comportamento se dá pela manipulação de variáveis independentes que podem ser controladas apud Skinner, Frederic Burrhus, 1953. (Rúbio, Kátia, pág. 21)

Quando relacionamos o corpo humano às várias atividades corporais e esportivas além da questão psicológica e mental devemos enfatizar as questões físicas e culturais do indivíduo.
A história dos exercícios físicos, segundo nossa compreensão, é escola de cultura e de educação. De maneira atraente e impregnada de beleza, ensina-nos a conhecer a humanidade, por meio de acontecimentos, coisas e pessoas, entrosando-se nos diferentes aspectos políticos, sociais e militares da história da civilização, onde ocupa lugar definido e sugestivo. O conhecimento do passado é chave para compreensão do presente e do futuro.

Dentro da acadêmica divisão da história, acompanhando a marcha ascensional do homem, documentada sobretudo no mundo ocidental, somos obrigados a afirmar que a prática dos exercícios físicos vem da pré-história, afirma-se na antiguidade, estaciona na idade-média, fundamenta-se na idade-moderna e sintetiza-se nos primórdios da idade contemporânea. Torna-se mais desportiva e universaliza seus conceitos dos nossos dias e dirige-se para o futuro, plena de ecletismo, moldada pelas novas condições de vida e ambiente. (Ramos, Jayr Jordão, pág. 15)
Ayrton Senna preocupava-se muito com a questão cultural dele e da sociedade brasileira como um todo, foi pensando dessa forma que procurou também contruibuir com a sociedade através de projeto social criado por sua irmã Viviane Senna, o Instituto Ayrton Senna. Enfatizava também a questão da diversidade cultural, a inclusão de pessoas menos favorecidas.
O conhecimento antropológico da nossa cultura passa, inevitavelmente, pelo conhecimento das outras culturas, reconhecendo que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única. Entretanto, esse conhecimento não se dá objetivando a comparação com a nossa para percebermos quão diferentes elas são. Esse conhecimento é realizado a fim de se compreender o sentido de determinada manifestação cultural numa dada sociedade e, a partir daí, relacionar com certos aspectos da nossa própria sociedade. Porque, apesar das diferenças entre as várias sociedades, existem semelhanças entre os seres humanos, das quais a mais interessante é a capacidade de se diferenciarem uns dos outros, de se expressarem das mais variadas formas, sem perderem a condição de serem humanos. O antropólogo, a partir de observações em outras sociedades, vai notando certas diferenças em relação à sua própria sociedade. Esse estranhamento em relação a determinados hábitos e comportamentos o faz olhar criticamente para características até então tidas como naturais em sua sociedade. É justamente essa variabilidade cultural que torna a humanidade plural e faz com que os homens, apesar de pertencerem todos à mesma espécie, se expressem por meio de especificidades culturais. Apud François Laplantine, 1988. (Daólio, Jocimar, pág. 24)
O que diferencia fundamentalmente os seres humanos dos outros seres vivos conhecidos são as possibilidades de suas consciências. A consciência do homem pode ser entendida como o estado pelo qual o corpo percebe a própria existência e tudo o mais que existe. Aceitar este conceito é concordar com o filósofo Maurice Merleau-Ponty, quando diz que a consciência é percepção e a percepção é consciência. Essa colocação parece-me básica no desenvolvimento de certos pontos de vista que defenderei neste ensaio. A partir daí podemos trabalhar mais desimpedidos a idéia de que a consciência é um fenômeno que se aproxima muito mais do corpo orgânico completo que das abstrações – como considerações isoladas – de espírito, mente ou alma. Na verdade, qualquer aspecto do homem é manifestado, e assim precisa ser entendido, por meio da unidade de seu corpo, se é que pretendemos dar a ele uma dimensão humana.

Em suma, a consciência só pode ser interpretada como uma manifestação mental na medida em que esta, em última análise, seja entendida como uma manifestação somática. Dessa forma, poderíamos dizer que a consciência está gravada no corpo. (Medina, João Paulo Subirá, pág. 23)
Ayrton Senna sabia da importância da cultura para as crianças e adolescentes, uma forma de gerar maior conhecimento e crescimento para o Brasil como nação. Em diversas reportagens sobre este esportista brasileiro ouvia-se a necessidade de incluir os jovens socialmente.
Pensar uma proposta sobre a disciplina pedagógica Educação Física, visando sua inserção no Projeto Reorganização da Trajetória Escolar no Ensino Fundamental, requer que a percebamos, por um lado, como um componente curricular responsável pela apreensão (no sentido da constatação, demonstração, compreensão e explicação) de uma dimensão da realidade social, na qual o aluno está inserido, que denominamos cultura corporal, parte da cultura do homem e da mulher brasileiros. O desenvolver de tal capacidade de apreensão tem, por sua vez, a finalidade de vir a proporcionar a intervenção autônoma, crítica e criativa do aluno nessa dimensão de sua realidade social, de modo a modificá-la, tornando-a qualitativamente distinta daquela existente.

Trocando em miúdos, o que queremos dizer é o seguinte: integrante da cultura do homem e da mulher brasileiros, a cultura corporal constitui-se como uma totalidade formada pela interação de distintas práticas sociais, tais como a dança, o jogo, a ginástica, o esporte que, por sua vez, materializam-se, ganham forma, através das práticas corporais. Enquanto práticas sociais, refletem a atividade produtiva humana de buscar respostas às suas necessidades. Compete, assim, à Educação Física, dar tratamento pedagógico aos temas da cultura corporal, reconhecendo-os como dotados de significado e sentido porquanto construídos historicamente. (Filho, Lino Castellani., págs 53 e 54)

O lema de Ayrton Senna desde que ingressou na Fórmula 1 sempre foi: "Vencer ou vencer". Senna dizia: "A vitória é o único prêmio de um piloto. É a motivação real e justificável para arriscar a vida em situações tão absurdas. Sem ela, não valeria o risco, por dinheiro nenhum, por nada neste mundo". E completava: "Ser piloto é uma questão de cromossomos: ou se nasce com esta predisposição, ou não. Se você tem as bases, pode desenvolvê-las, mas, quanto mais frio e racional, mais você precisa ter dentro de si a paixão pela corrida".
No esforço para compreender o esporte nas diversas épocas, o autor sustenta-se e procurar argumentar a partir de dados etnográficos, os quais interpreta, vinculando-os tanto a aspectos estruturais da realidade social, de cada momento histórico quanto aos conceitos desenvolvidos a priori acerca de brinquedo, jogo, competição e esporte. Dessa forma, numa síntese conclusiva, Guttman apresenta um quadro em que compara os diversos esportes analisados, diferenciando-os pela presença ou das características estabelecidas. Especificamente sobre o esporte moderno, considera-o um reflexo da Revolução Industrial e do movimento da Reforma Protestante, transformações sociais que seriam responsáveis pelo surgimento da racionalidade do esporte em detrimento da espontaneidade do jogo. (Stigger, Marco Paulo, págs 57 e 58)
Por outro lado, Huizinga comenta: “Como a realidade do jogo ultrapassa a esfera da vida humana, é impossível que tenha seu fundamento em qualquer elemento racional, pois nesse caso, limitar-se-ia à humanidade. A existência do jogo não está ligada a qualquer grau determinado de civilização, ou qualquer concepção do universo”. (Huizinga, 2007).

Bibliografia:
Psicologia do Esporte – Teoria e Prática. Rúbio, Kátia. Casa do Psicólogo Editora, São Paulo, 2003, 237 págs.
Da cultura do corpo. Daólio, Jocimar. Editora Papirus. Campinas, 1995, 12ª Edição, 81 Págs.
Medina, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo e “mente”. Editora Papirus, Campinas, 2007, 23ª Edição, 53 págs.
Filho, Lino Castellani. Política Educacional e Educação Física. Editora Editores Associados, Campinas, 2002, 2ª Edição, 56 págs.
Stigger, Marco Paulo. Educação Física, Esporte e Diversidade. Autores Associados Editora, Campinas, 2005, 125 págs.
Huizinga, Johan. Homo ludens - O jogo como elemento da cultura. Editora Perspectiva S.A, São Paulo, 2007, 5° Edição, pág. 6.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A prática do Judô diferenciado


A compreensão do corpo tem avanços significativos ocorridos acerca da compreensão da totalidade (Corpo, mente, espírito), Cada sintoma sendo do corpo da mente ou do espírito nos transmite uma mensagem particular que precisamos perceber e reconhecer, fazendo uso disso em nosso cotidiano, na busca de novas linguagens e conceitos. E a esta capacidade de cada pessoa sentir e apossar-se do seu próprio corpo como meio de manifestação e interação com o mundo que observamos a vivencia do Judô com os olhos vendados em um ambiente externo.

O movimento é biológico, é fisiológico, é antropológico, o que é o movimento?

A Física clássica define-o como o “deslocamento de um copo no espaço”. Para a biologia o movimento é resultado da atividade de trilhões de células que compõem os organismos vivos, sobre os quais sobressai o homem. A filosofia define o movimento como a busca da superação ou da plenitude do “ser” humano. Movimento, sentimento, como separá-los?

Eu sinto com a minha mente, movimento-me com o meu corpo, movimento-me com a minha mente e sinto com o meu corpo, assim não é possível separar essas estruturas e esses processos. Não posso falar do meu corpo para o meu corpo sem ser o meu corpo.

As pessoas utilizam o corpo na Idea de corpolatria, ou seja, tem o objetivo da sexualidade. Os antropólogos Stephane Malysse e David Le Breton levantaram num estudo sobre a antropologia do corpo que “... as mulhres frutas e os homens troncos se encaixam perfeitamente nesse cenário antropológicos, sendo divididos na cintura, pois a parte superior representa a parte masculina, a força, a virilidade e a parte inferior a feminilidade, a reprodução e suas formas sexuais acentuadas... Nos dois casos, a questão central é a sexualidade, a sedução e a competitividade no mercado social. (Malysse, Stephane; Le Breton, David. Corpolatria. Revista Tripp. São Paulo. Edição Dez. 2009. Pág. 110)

Em cima desta afirmação entendemos que o deficiente visual não tem a concepção de corpolatria porém pratica atividades esportivas visando qualidade de vida. O deficiente visual não visa o corpo belo.

Vivência

Utilizando a prática do judô diferenciado como vivência, observamos diversas sensações como medo, perca da noção do espaço, ampliação do sentido da audição, desconforto, exposição ao ambiente externo, entre outras.

Analisa o corpo como forma de experiência ou como modo de ser vivido, mas que tem um caráter específico ao lado de outros experiência ou modos de ser. Um exemplo desta tendência encontra-se na fenomenologia de Husserl. Também Sartre inclui-se nesta vertente. Mas foi indubitavelmente Merleau-Ponty que avançou mais nesta interpretação. “Quer se trate do corpo de outrem, ou quer se trate do meu não tenho outro modo de conhecer o corpo humano se não o de vivê-lo, isto é de assumir por minha conta o drama que me atravessa, e confundir-me com ele”. (Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs. 51 e 52)

Este drama sentido foi justamente por uma situação nunca vivida, num ambiente diferente e com os olhos vendados.

“O trabalho com os temas transversais precisa ser pautado numa perspectiva interdisciplinar, e por isso, não adianta fazer com eles o que muitos tentaram: transformá-lo em disciplina. Sua principal característica é estabelecer relação entre matérias, entre a teoria e a prática, entre a pessoas e a sua produção de conhecimento, entre os conhecimentos sistematizados e os extracurriculares, entre o fato social e o saber sistematizado”. Barbosa, Laura Monte Serrat. Temas Transversais – como utilizá-los na prática educativa?. Editora IBPEX. Curitiba. 2007. Pág. 11)

Bibliografia:

Moreira e Moraes. Pensando a Educação Motora. Editora Papirus. Campinas. 4ª. Edição. Pág.. 193

Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs 51 e 52

Malysse, Stephane; Le Breton, David. Corpolatria. Revista Tripp. São Paulo. Edição Dez. 2009. Pág. 110
Barbosa, Laura Monte Serrat. Temas Transversais – como utilizá-los na prática educativa?. Editora IBPEX. Curitiba. 2007. Pág. 11

LAZER

A opção do Lazer é subjetivo, de acordo com o interesse, cultura e sociedade.

Muitos utilizam o lazer das formas mais variadas possíveis, jogando, brincando, conversando e porque não trabalhando.

Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias)

Pensar o lazer apenas em relação com a atitude que o indivíduo tem com a atividade dificultaria também a sua compreensão. Se, desta forma, o tempo não fosse considerada, toda e qualquer atividade inclusive o trabalho, poderia ser compreendido como lazer desde que fosse prazeroso para o indivíduo. Pensando assim correr-se ia o risco de ingressar num excessivo relativismo ou num exagerado subjetivismo, já que, em ambas as situações – dependendo do contexto cultural e do interesse individual -, todo tipo de atividade poderia ser considerada lazer, assim como nada poderia ser identificada como lazer. Stigger, Marco Paulo. Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. Editora Autores Associados, Campinas, 2002 pág 235

Para a prática do lazer o indivíduo necessita, é claro, de tempo e espaço disponíveis.

Apesar da polêmica sobre o conceito, a tendência que se verifica entre os estudiosos do lazer e no sentido de considerá-lo tendo em vista os dois aspectos - tempo e atitude. Portanto, como uma atividade de escolha individual praticada no tempo disponível e que proporcione determinados efeitos, como o descanso físico ou mental, o divertimento e o desenvolvimento da personalidade e da sociabilidade. Marcellino, Nelson Carvalho. Lazer e educação. Editora Papirus, Campinas, 2003, pág. 31

Prática do Skate como lazer e também como forma de aprendizagem nas escolas

Uma prática esportiva não menos prazerosa e intitulada por muitos como forma de lazer é a prática do skate. Vale lembrar a importância que este esporte tem no conceito de aprendizagem, alguns autores enfatizam que é possível sim aproveitar esta prática para o aprendizado em escolas.

Se antes o skate era considerado, como apontaram os próprios skatistas, uma atividade marginalizada, associada à bandidagem e à vida na “rua”, hoje podemos constatá-lo como uma modalidade inserida no discurso pela qualidade de vida da população. Uvinha, Ricardo Ricci, pág. 95

O estudo contribui, desse modo, para a minha formação como professor de Educação Física, permitindo-me descobrir novas possibilidades dentro da minha área de atuação. Trabalhei com a Educação Física para adolescentes em escolas, academias e clubespor mais de oito anos, hoje posso perceber ser fundamental considerarmos a ‘cultura corporal’ do aluno jovem – o que ele traz de experiência das ruas, do quintal da sua casa, das pistas de skate – para elaborarmos um trabalho educativo e motivante para esse público-alvo. Uvinha, Ricardo Ricci, pág. 95

Uvinha, Ricardo Ricci. Juventude, Lazer e Esportes Radicais. Editora Manole. São Paulo. 2001, pág. 95


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Filme: "Escritores da Liberdade



Escritores da Liberdade

O filme começa relacionando as diferentes etnias que ocupavam a cidade de Los Angeles. As pessoas lutavam por seus direitos civis mas as diferenças raciais causavam atritos, as chamadas guerras entre gangues.
Em determinada situação vemos a dificuldade de adaptação de uma jovem professora (Sra. Gruwell) numa escola onde os alunos tem dificuldade de relacionamento entre si e com os professores.
A escola mostra diferentes tribos que não se respeitam, cada uma dessas tribos tem seus conceitos e ideologias e as defendem muitas vezes com violência. Até que um dia acontece uma briga generalizada entre várias tribos aparentemente sem motivo algum mas o que é percebido é que as tribos não se respeitam.
O pai da jovem professora questiona o trabalho da filha junto aos chamados “delinquentes”/alunos, e acredita que tamanho desgaste não vale à pena, no princípio seu marido apoia e confia na jovem professora mas continua numa zona de conforme pois não tem interesse em voltar a estudar.
A todo momento vemos a discriminação entre as raças, os alunos de diferentes tribos não ficam sem causar confusões e brigas, até que um garoto asiático acaba morrendo.
Aa professora tenta, por diversas vezes, promover a cultura com seus argumentos. Alguns alunos questionam uma provável soberania ariana/branca e começam a debater suas crenças e raízes para a professora. Neste momento começa-se a discutir as relações humanas.
A própria diretora da escola não acredita em seus alunos, espera apenas que tenham disciplina, mas não acredita na educação ou como fazer para educá-los.
A professora Gruwell quer estabelecer uma forma de ensino diferenciada mas não vê apoio na direção ou até mesmo de outros professores, ela quer quebrar velhos paradigmas.
Alguns alunos começam a pelo menos aceitar algumas propostas estipuladas pela professora. Quando a professora sugere que os alunos escrevam diários, qual não foi sua surpresa, quando muitos, se não todos os diários, estavam preenchidos para que ela pudesse ler. Todas as histórias foram relatadas, todas as histórias falavam de tragédias e assassinatos que ocorreram na vida de cada um daqueles alunos.
A professora não tem recursos da escola nem apoio, a professora começa a levantar recursos próprios para compra de livros novos. Ela não quer seguir o sistema e considera-o falho, quer transgredi-lo. Sugere para uma autoridade do Conselho que quer levar seus alunos para fora da escola, levá-los para novas vivências. Ela consegue a permissão do Conselho.
Ela consegue levá-los para um museu que retrata o Holocausto, muitos alunos se surpreendem com esta vivência, começam a perceber suas experiências de outra forma, com outros olhos. A professora consegue trazer pessoas que viveram o Holocausto para replicar suas vivências, muitas sensações foram sentidas pelos alunos, começam a dar credibilidade para a professora, começam a mudar suas atitudes para melhor, começam a passar por processo de educação. Os alunos começam a socializar-se, naturalmente.
Os alunos começam a transformar-se a partir de novas vivências, começam a mudar suas atitudes, começam a valorizar a vida, a amizade, a enxergar um futuro digno, rejeitando a maldade. Os alunos começam a questionar o sistema, a ter opinião formada.
A professora sofre com a desconfiança dos chefes da escola, do pai e até mesmo do marido neste momento. Não era uma situação fácil para a professora, tinha que ter flexibilidade e criatividade para converter/melhorar/administrar tal situação.
Os alunos começam a evoluir de tal maneira que criam até um projeto para conhecer a escritora do Livro “O Diário de Anne Frank”. Começam a promover shows para angariar fundos. Neste momento há uma completa mudança de perspectivas, de atitude.
Conseguiram trazer a escritora. Sucesso para aqueles alunos. Conseguiram entender com aquela vivência muitos mais sobre os seres humanos, sobre relacionamentos, sobre perspectivas, boas perspectivas.
A professoras Gruwell começa a sofrer na vida conjugal porque seu marido não concorda com a dedicação da esposa para com os alunos, ele sente orgulho do trabalho dela, mas não consegue conviver com as ausências da esposa.
A professora sente falta de um aluno durante uma aula onde os demais alunos exigem continuar tendo aulas com a professora Gruwell e sugerem lutar pelos seus interesses junto ao Conselho da escola. No mesmo momento em que o pai da professora começa a acreditar no trabalho da filha.
Neste momento o assunto é levado ao Conselho que decidiu por não aceitar que a turma continuasse com a professora, neste momento a professora explica aos alunos que eles precisam seguir em frente, dar o próximo passo.
A professora consegue apoio externo de um escritor para um novo projeto, utilizar todos os diários para criação de um livro, como “O Diário de Anne Frank”.
Após este projeto ter sucesso o Conselho concede que os alunos continuem com a professora Gruwell para os próximos anos de estudos.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

DANÇA

A dança é uma forma de expressão cultural/regional. ´Não necessariamente existe um mesmo movimento para excutar a dança (devemos quebrar paradigmas para executar a dança, novas formas de expressão), existem novas maneiras de expressão dependendo da variação de música, ritmo, coreografia. É possível utilizar a dança até mesmo sem a música, através de vibrações e até mesmo sem vibrações.

A dança exige adaptação de espaço para sua execução. Através da dança também é possível exercitar o corpo.

Fatores psicológicos podem influenciar as reações do corpo, a própria falta de ritual para a execução da dança pode gerar influência negativa.

“Minha experiência com a dança fez-me perceber que tradicionalmente dançarinos, coreógrafos e diretores tem dificuldade em manter uma distância em relação a seus corpos físicos: fomos ensinados a estar sempre, de uma maneira ou de outra, atrelados, conectados e inseparáveis deles. Muitas vezes, a demasiada importância que se dá ao corpo físico na dança faz com que se desconsidere o processo intelectual para o seu aprendizado”. (Marques, pág. 108)

“Existe, nesta linha de pensamento, uma relação quase que a priori entre o corpo, a dança e a criança, também considerada esponânea, pura e livre em sua ‘essência’. Os desdobramentos pedagógicos desta concepção de corpo e dança fundaram, em um período posterior à morte de Duncan, a ‘dança criativa’, a ‘dança educativa’, no Brasil, a ‘expressão corporal’, entre muitas outras nomenclaturas. Essas propostas educacionais baseavam-se na crença de que a educação não poderia ‘invadir’ a criança e sim deveria possibilitar o desenvolvimento ‘natural’ do ‘artista que esta dentro de cada um’ (Soucy, 1991). Em outras palavras, o processo educativo não poderia ‘destruir’ a nossa criança ‘interior’. O processo, assim, torna-se bem mais importante que o produto”. (Marques, pág. 113)

“Mesmo assim, penso que nossos processos educacionais devem trabalhar mais enfaticamente as redes de relações que incluem a interseção das realidades vividas, percebidas e imaginadas pelos alunos e suas conexões com o corpo na dança (Marques, 1999). Somente assim teremos condições de traçar uma rede de relações que pertence ao tempo real de nossos alunos: a sociedade contemporânea/pós-moderna”. (Marques, pág. 121).

Marques, Isabel Azevedo. DANÇANDO NA ESCOLA. CORTEZ Editora. São Paulo. 2003. 206 págs.


“Por que ensinar dança na escola?”

“Passeando por esta primeira questão, foi possível destacar nos discursos dos alunos formados na Dança, Educação Artística e Educação Física diferentes sentidos e motivos que justificam a importância e a viabilização do ensino de Dança na escola, apontando as seguintes categorias:

1. Propiciar o autoconhecimento;
2. Estimular vivências da corporeidade na escola;
3. Proporcionar as educandos relacionamentos estéticos com as demais pessoas e com o mundo;
4. Incentivar a expressividade dos indivíduos;
5. Possibilitar a comunicação não verbal e os diálogos corporais na escola;
6. Sensibilizar as pessoas, contribuindo para que elas tenham uma educação estética, promovendo relações mais equilibradas e harmoniosas diante do mundo, desenvolvendo a apreciação a fruição da dança.”

BARRETO, Débora. DANÇA...: ENSINO, SENTIDO E POSSIBILIDADES NA ESCOLA. Autores Associados. São Paulo. 2008. 3ª Edição. 178 págs.)


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Vivência de Atletismo

Numa aula de vivência de Atletismo vimos:

A diferença entre um lançamento e um arremesso, a mecânica de cada movimento;
Caminhada, marcha atlética e trote;
Os fundamentos do Salto em altura e Salto em distância.

Para melhor explicar alguns fundamentos destas modalidades acompanharemos alguns vídeos.

Lembrando que algumas modalidades estudadas são individuais outras coletivas (por equipe)